Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Alvaro Costa e Silva

Bloco da desimportância é puxado por Sergio Moro

Dele fazem parte Bretas, Witzel e Temer, que após a superexposição vão desaparecendo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Paulo Francis gostava de escrever que fulano "desponta para o anonimato". Pois os fulanos continuam, em maior número e com desatinada velocidade, florescendo para a obscuridade. Há uma fila deles, que foram mais ou menos influentes na política. Todos buscaram os 15 minutos de fama usando a superexposição nas redes. Depois perderam força sob o peso de seus atos.

Marcelo Bretas, juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, conhecido pela atuação na Lava Jato, confeccionou seu destino com paciência de ourives. Afastado do cargo sob suspeita de conduta irregular, dedica-se à carreira de coach jurídico. No Instagram, apresenta vídeos sobre liderança e direito; aborda assuntos relacionados a "Deus e Família". Ao menos, não posta mais fotos de camiseta regata puxando ferro na academia.

Bretas era conhecido como o Sergio Moro carioca. Em sua luta para ficar em evidência e não se transformar no Marcelo Bretas de Curitiba, o senador Moro tem uma única estratégia: bater em Lula. Vai longe o tempo em que era representado como o Super-Homem, inflado boneco gigante em frente ao Congresso. O STF acaba de abrir inquérito contra ele por suposta fraude em delação.

O ex-governador Wilson Witzel, cassado após três anos de mandato, trocou o desejo de atirar na cabecinha pelo trabalho no escritório de advocacia. Witzel tentou se eleger em 2022, mas teve a candidatura impugnada. Sua mulher concorreu a deputada federal e não foi eleita. Um de seus clientes é o truculento jogador Felipe Melo. Não faltará empatia entre os dois.

Com impopularidade recorde, Michel Temer conseguiu encolher sendo presidente da República. Agora quer se vender como conselheiro, mas é mais oco que o conselheiro Acácio (e sem a graça do personagem de Eça). Sua chance de voltar às manchetes está na reabertura, já solicitada, do longo processo sobre o esquema de corrupção no porto de Santos.

O juiz usa óculos, tem barba e está sentado em cadeira em frente a fundo escuro
O juiz afastado Marcelo Bretas, em foto que publicou em rede social em dezembro - Marcelo Bretas no Facebook

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.