Quando digo que juntas somos mais fortes é porque sei na pele como a união das mulheres é importante, de forma geral. Hoje e sempre somos nós por nós. A criação da Rede Mulher Empreendedora não foi somente para que uma empreendedora especificamente ganhasse sua independência financeira com o seu próprio negócio, é também uma forma de essa mulher prosperar com o seu empreendimento e assim ter a possibilidade de contratar e levantar outras mulheres. Verdadeiramente um ciclo de apoio e suporte entre nós.
Para aquelas que já têm o próprio negócio com quadro de funcionárias, outra forma de poder ajudar essas profissionais é por meio da governança corporativa e da sustentabilidade. Enquanto a primeira é um conjunto de regras, códigos de conduta e políticas que auxiliam na aplicação de procedimentos corretos na administração de um negócio, a sustentabilidade busca por um cenário equilibrado e favorável, englobando aspectos econômicos, e sociais e não apenas o cuidado com o meio ambiente, situação em que o termo sustentabilidade é mais amplamente usado e conhecido.
Juntos, ambos se preocupam com o impacto das ações dentro de um ambiente —empresa, mercado ou nicho— compartilhado e em encontrar equilíbrio entre lucro e interesse social. Visando igualmente a manutenção e a responsabilidade do bem-estar de um ambiente compartilhado, o processo aborda questões sobre sociedade, natureza e economia.
De forma simplificada, uma empresa que caminha usando esses dois aspectos é uma companhia que visa o lucro —como qualquer negócio—, mas não prejudica ou gera consequências negativas para aqueles que estão diretamente envolvidos com a marca, ou seja, os funcionários. Entre os muitos aspectos importantes abordados pela governança corporativa e a sustentabilidade está a equidade de gênero.
Por esse e outros pontos relevantes, é essencial que as empresas geridas por mulheres as utilizem como forma de garantir os direitos de suas funcionárias, sendo um caminho para oferecer um ambiente de trabalho saudável e igualitário para elas.
Diretamente, essas diretrizes também evitam algo muito comum no mercado capitalista em que vivemos e que afeta diretamente muitas mulheres: o modo predatório de fazer negócio, que não titubeia em descartar aqueles que não aceitam colocar o trabalho acima de suas vidas pessoais ou cargas de trabalho exaustivas. Um cenário que favorece, por exemplo, a demissão de mulheres que voltam da licença-maternidade ou que buscam por trabalho durante a gestação.
Pode ser que no início isso, por si só, não mude o mundo, mas a longo prazo pode servir de exemplo e inspiração para outras empresas geridas por mulheres adotarem o mesmo modelo. De qualquer forma, se for para ajudar outras mulheres, já vale colocar tais medidas em prática.
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