Bruno Boghossian

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Bruno Boghossian
Descrição de chapéu

Alckmin entra em fase de sobrevivência até estreia na televisão

Tucano joga parado e mira horário eleitoral para reduzir desgaste do PSDB

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, durante sabatina realizada pela Folha em conjunto com o UOL e o SBT, em maio deste ano
O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, durante sabatina realizada pela Folha em conjunto com o UOL e o SBT, em maio deste ano - Zanone Fraissat - 23.ma.18/Folhapress

A candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) entrou na fase da sobrevivência. Sem capacidade de perfurar a apatia do eleitorado, os tucanos admitem que a prioridade do ex-governador, agora, é escapar do fogo amigo e de tiros dos rivais até o início do horário eleitoral.

A velha propaganda na TV é a boia de salvação que os tucanos enxergam, à distância. Estagnados na faixa de 7% nas pesquisas, Alckmin e seus aliados aceitam que será difícil decolar na campanha antes de levar ao ar suas primeiras peças de publicidade, em 31 de agosto.

Até lá, a principal estratégia será resistir. Embora alfinete Jair Bolsonaro (PSL) e o PT para se mostrar vivo, o ex-governador deve privilegiar a técnica que domina: jogar parado. Aliados defendem que ele se preserve para atenuar sua condição de alvo e atravessar os próximos meses.

A tática é mais uma imposição das circunstâncias do que uma escolha requintada. O tucanato acredita que Alckmin está excessivamente exposto ao desgaste sofrido pelo PSDB nos últimos anos. Sem a tribuna livre da propaganda eleitoral, não tem força para tentar se dissociar de Aécio Neves, do operador Paulo Vieira de Souza e das acusações de caixa dois que envolvem seu cunhado.

No segundo pelotão das pesquisas, o ex-governador tenta convencer seus companheiros de PSDB e dirigentes de outros partidos de que sobreviverá e terá tempo para se tornar um polo competitivo da disputa.

O objetivo é persuadir DEM, PP e PR de que uma aliança robusta garantiria tempo suficiente no horário eleitoral para atravessar a polarização entre Bolsonaro, à direita, e Ciro Gomes (PDT) e o PT, à esquerda.

Por ora, o tucano joga pelo empate. Quer seguir na disputa como a Itália de Paolo Rossi, que avançou na Copa de 1982 sem vencer nenhuma partida da primeira fase. Depois, eliminou o Brasil e foi campeã.

Há sempre o risco de terminar como o Chile de 1998, que chegou ao mata-mata após três empates. Sem empolgar, levou 4 a 1 da seleção brasileira nas oitavas e foi eliminado.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.