Bruno Boghossian

Jornalista, foi repórter da Sucursal de Brasília. É mestre em ciência política pela Universidade Columbia (EUA).

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Bruno Boghossian

Peneira eleitoral ainda vai eliminar alguns candidatos de 2022

Fusões, desistências e sabotagens dos próximos meses vão determinar verdadeiros concorrentes

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Nos próximos meses, a peneira eleitoral vai começar a determinar os verdadeiros candidatos da próxima corrida ao Palácio do Planalto. Pouca coisa deve mudar nesse período no cenário desenhado pelas pesquisas de intenção de voto, mas fusões, desistências e sabotagens tendem a reduzir o rol de concorrentes de 2022.

Dois times podem ficar pelo caminho. O primeiro conta com nomes que têm planos sólidos de campanha, mas se verão com poucas chances de sucesso ou serão abatidos por suas próprias legendas. A outra classe é daqueles que só entraram no jogo para ganhar projeção e acumular poder na negociação de alianças com outros candidatos.

Alguns presidenciáveis já sofrem pressão interna. No PSDB, uma ala que não é muito simpática a João Doria gostaria que o governador desistisse para apoiar Sergio Moro (Podemos) ou Simone Tebet (MDB). No PDT, parte dos deputados vê poucas chances para Ciro Gomes e pede que a sigla mantenha um caminho para uma aliança com Lula (PT).

O pragmatismo move esses grupos. Sem uma candidatura presidencial competitiva, os partidos podem fechar alianças com outros concorrentes e usar o dinheiro do fundo eleitoral para financiar campanhas parlamentares. Com isso, eles tentariam ampliar suas bancadas no Congresso e conquistar um ativo valioso para oferecer ao próximo governo, seja quem for o presidente.

Em outros casos, uma pré-campanha pode ser útil para as legendas que preferem manter uma suposta neutralidade na largada da corrida. É o que move parcelas do MDB e do PSD, siglas que reúnem políticos lulistas e bolsonaristas. Ainda que pareçam frágeis, as candidaturas de Simone Tebet e Rodrigo Pacheco mantêm os dois partidos no muro e evitam divisões internas.

Lula ainda tem chances de atrair políticos que sentem o cheiro do poder, enquanto a tal terceira via seria capaz de unir Moro e Doria num ato de sobrevivência. Até as convenções partidárias de agosto, todas essas peças ainda vão se reacomodar

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.