A Scania apresentou um caminhão que não tem cabine para o motorista. Chamado AXL, é um protótipo 100% autônomo radical e futurista, que faz sentido quando aplicado em vias restritas, sem tráfego. É o que ocorre em minas e outros locais insalubres de trabalho.
O veículo comprova mais uma vez que a tecnologia disponível permite aos carros o deslocamento por conta própria. O maior desafio é oferecer automação com segurança em ambiente urbano, e falta pouco para que os objetivos sejam atingidos.
Durante o Salão do Automóvel de Frankfurt 2019, a empresa ZF apresentou tecnologias complementares para carros autônomos. Um dos sistemas utiliza captadores de som que conseguem distinguir sirenes.
Se uma ambulância se aproximar rumo a um atendimento de urgência, o veículo sem motorista que vai adiante poderá se deslocar para abrir passagem.
Em um simulador, a ZF mostrou como se comportaria um automóvel autônomo semelhante aos que devem chegar às ruas na próxima década. Na visão da empresa, haverá trechos longos em que o veículo poderá fazer tudo sem intervenção humana.
Os retrovisores são trocados por câmeras que, além de mostrar o tráfego ao redor, funcionam como sensores.
O motorista precisa permanecer em seu posto, mas pode relaxar durante parte da viagem. Ao acionar o modo autônomo, o volante se ergue, o encosto do banco reclina e uma luz azul indica que é a máquina que está no comando.
Em janeiro, a Ford apresentou o sistema que permite que carros, sinais e seres humanos “conversem” entre si por meio de smartphones. Por detectar um pedestre antes mesmo que ele comece a atravessar uma via, a tecnologia pode ser mais eficiente que sensores para evitar atropelamentos.
As novas soluções se somam a tudo que já existe em prol dos carros autônomos. Ainda há um longo caminho, que passa por legislações de trânsito e adequações viárias, mas o resultado pode melhorar o tráfego e a vida de pessoas com deficiências que impossibilitam assumir o volante de um veículo.
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