Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Venda direta de carros cai e varejo cresce no mercado nacional

Queda se deve ao atraso nas entregas para grandes frotistas

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O atraso nas entregas de carros para locadoras já se reflete na participação das vendas diretas de fábrica no Brasil. As empresas do setor têm 40 mil veículos a receber, e queriam mais.

Em novembro, esse tipo de negócio representou 46,4% dos emplacamentos, enquanto a comercialização no varejo respondeu por 54,6% do total. Os dados são da Fenabrave, entidade que representa os distribuidores de veículos.

No mesmo mês de 2019, as vendas diretas representaram 49,5% da comercialização, empate técnico com os 50,5% do varejo.

Nenhum dos dois cenários reflete a normalidade do mercado automotivo, que segue alterado desde a crise que se iniciou em 2014.

Em novembro de 2013, época de mercado em alta, a participação das vendas diretas era de 39,3%. Ou seja, o consumidor que usa o CPF e não o CNPJ respondia por pouco mais de 60% dos emplacamentos.

As vendas diretas dispararam nestes anos de crise e ajudaram as montadoras a manter suas atividades fabris. Por outro lado, houve perda de rentabilidade principalmente na comercialização para grandes frotistas, a exemplo das locadoras.

Com as restrições na linha de produção causadas pela pandemia e o crescimento na procura por carros no segundo semestre, as fabricantes têm priorizado o varejo.

Na comparação entre os meses de novembro de 2019 e de 2020, houve alta de 0,3% nos emplacamentos de veículos leves para pessoas físicas. No mesmo período, as vendas diretas tiveram queda de 13%.

Vale dizer que nem toda venda direta representa perda de rentabilidade. Donos de pequenas empresas que compram apenas um veículo como pessoa jurídica ou a comercialização para pessoas com deficiência também se enquadram nessa categoria.

Mas as grandes negociações que envolvem CNPJ são atribuídas às frotas das locadoras, um segmento que começa a interessar mais as fabricantes.

Fiat e Volkswagen já apresentaram seus planos de carro por assinatura focados na pessoa física, mas com carros licenciados em nome de uma pessoa jurídica –no caso, a própria montadora. A divisão entre vendas por CPF e por CNPJ deve oscilar bastante ao longo de 2021.

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