Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Fadiga é o principal fator de risco para caminhoneiros, mostra estudo

Situação tende a ser pior entre motoristas autônomos que dirigem veículos mais velhos

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A fadiga pelas longas jornadas de trabalho é o principal fator de risco para os caminhoneiros. A conclusão vem de um estudo feito pela empresa de tecnologia Denox em parceria com a MedNet, que atua na área de saúde no trabalho.

O levantamento, que monitorou cerca de 10 mil motoristas, concluiu que 60% das situações de perigo às quais eles se expõem se devem ao cansaço.

Atitudes que distraem os profissionais, como o uso do telefone ao volante, representam 40% dos fatores de risco.

O estudo destaca que 30% dos motoristas monitorados possuem complicações de saúde que contribuem para a fadiga, como problemas de sono, pressão alta e obesidade.

As empresas responsáveis pelo levantamento utilizaram câmeras que analisaram o comportamento ao volante em tempo real. As informações foram armazenadas no computador de bordo e, em caso de problemas, enviadas a uma equipe médica.

Trata-se de um serviço que, em geral, é contratado por transportadoras para verificar o estado de atenção de seus empregados. Ou seja, é algo realizado por empresas que possuem capital e veículos novos. Esse dado torna a situação mais preocupante.

De acordo com a pesquisa Perfil dos Caminhoneiros 2019, feita pela CNT (Confederação Nacional do Transporte), a idade média dos caminhões usados por autônomos é de 18,6 anos.

A frota de veículos pesados que circulam pelo Brasil é composta por 2 milhões de veículos, segundo a Anfavea (associação das montadoras). Desses, aproximadamente 350 mil têm mais de 16 anos de uso.

São caminhões sem recursos tecnológicos como controles de estabilidade ou sistemas de freios modernos. Muitos nem sequer trazem direção com assistência hidráulica, o que contribui para a fadiga ao volante.

Sem monitoramento de suas condições de trabalho e de saúde, os motoristas autônomos que dirigem caminhões antigos têm os riscos potencializados. É mais um fator a tornar urgente um plano sério para renovação da frota.

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