Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Fiat Strada recebe motor 1.0 turbo e busca se manter no topo das vendas

Picape compacta é o carro mais vendido do Brasil desde 2021

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Desde a chegada da geração atual, em 2020, a Fiat Strada deixou de ser apenas uma picape voltada para o trabalho. As opções com cabine dupla e quatro portas atraíram um novo público e levaram o utilitário ao topo do mercado. Esse perfil é reforçado com o lançamento das versões 1.0 turbo flex (130 cv).

As novas opções do carro mais emplacado do Brasil nos últimos dois anos custam a partir de R$ 133 mil. É o preço da Ranch, que tem pneus de uso misto, e da Ultra, mais voltada para o asfalto.

Outras diferenças estão no acabamento da cabine na parte frontal, que trazem detalhes próprios em cada versão, que também se diferem do restante da linha Strada.

Fiat Strada 2024
Fiat celebra 25 anos de produção da picape Strada com série especial equipada com motor 1.0 turbo flex - Divulgação

Há também uma série especial chamada Edizione 25, que é limitada a 1.025 unidades. Essa opção remete aos 25 anos de produção da picape compacta e é vendida por R$ 136 mil.

O primeiro contato com o carro ocorreu em Florianópolis (SC). A versão avaliada foi a Ranch, que tem interior com detalhes em marrom tanto nos bancos como no console. A forração imita couro e há ar-condicionado, direção com assistência elétrica, quatro airbags, sistema multimídia com tela sensível ao toque e rodas de liga leve (16 polegadas), entre os itens de série.

A posição de dirigir poderia ser melhor. Para que as pernas fiquem relaxadas, é preciso posicionar o banco mais para trás, situação em que o volante parece mais distante do que o ideal. O problema seria resolvido com a regulagem de profundidade da coluna de direção, mas esse item não está disponível.

Essa é uma característica comum de carros subcompactos, e aí está o problema. A parte frontal da Strada compartilha diversos componentes com o hatch Fiat Mobi, carro mais em conta do grupo Stellantis.

Superadas as questões ergonômicas, chega a hora de colocar a picape turbinada em movimento. A versão avaliada é, grosso modo, uma herdeira da linha Adventure, que marcou o crescimento da marca italiana no mercado nacional.

Associado ao câmbio do tipo CVT, o motor turbo flex empurra sem sofrimento os 1.253 quilos da Strada Ranch.

O teste foi feito em trechos predominantemente urbanos de Florianópolis, com velocidades inferiores a 80 km/h. Em condições como essa, o que mais importa é o torque. São 200 Nm (Newton-metro) a 1.750 rpm (rotações por minuto). Bem mais que o disponível nas versões 1.3 flex (134 Nm a 4.000 rpm).

Os números se traduzem em agilidade no uso cotidiano e colocam a Strada em posição mais confortável diante da nova Chevrolet Montana 1.2 turbo flex (133 cv), que custa a partir de R$ 141 mil nas versões com câmbio automático. A concorrente da GM é superior em ergonomia e conforto ao rodar, algo esperado diante do preço mais alto.

Em comum, ambas as picapes compactas oferecem espaço sofrível para pernas no banco traseiro, indicado apenas para trajetos curtos. É o preço a se pagar por caçambas capazes de carregar o mundo nas costas.

O jornalista viajou a convite da Fiat

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