O retorno do imposto de importação para carros híbridos e elétricos já foi precificado pela Volvo. A marca sueca decidiu não repassar a alíquota cheia para os preços, mantendo-se competitiva nos segmentos em que atua.
Pelos cálculos da empresa, a estratégia deve possibilitar um crescimento expressivo em 2024. A ideia é fechar o próximo ano com 17 mil unidades emplacadas no Brasil – que seria um novo recorde para a marca, já considerando os resultados de 2023.
Entre janeiro e novembro, a Volvo licenciou 7.119 carros no Brasil, segundo a Fenabrave (associação dos distribuidores de veículos).
A empresa acredita que os modelos puramente elétricos representarão 65% das vendas em 2024, com aproximadamente 11 mil carros emplacados. Se o número for atingido, a montadora deve triplicar as vendas nessa categoria em relação a 2023.
Marcelo Godoy, que assume o cargo de presidente da Volvo Car Brasil em janeiro de 2024, diz que a estratégia de expansão da marca será mantida mesmo com a volta gradual do imposto. É por isso que não haverá cobrança integral neste momento.
No caso dos carros puramente elétricos, a nova regra publicada pelo Comex (Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior) prevê alíquota de 10% ao longo do primeiro semestre. A Volvo vai repassar 5% para o preço de seus modelos nessa categoria.
Com isso o EX30, que chega às lojas entre junho e julho do próximo ano, deverá custar a partir de R$ 231 mil. Antes, o preço inicial era de R$ 220 mil. O carro será importado da China.
Por esperar pelas mudanças na tributação, a montadora colocou uma cláusula nos contratos de pré-venda: os valores também serão reajustados para os 2.000 clientes que já fecharam negócio.
Apesar da mudança, o novo modelo elétrico da Volvo – que mistura os estilos SUV e hatch médio – permanece mais próximo de modelos com motor a combustão do que dos elétricos de outras marcas premium.
Um Jeep Compass Limited 1.3 turbo flex, por exemplo, é anunciado por R$ 218 mil. Já o BMW iX1 é vendido por R$ 421.950.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.