A montadora chinesa Neta confirmou nesta terça (28) sua chegada ao mercado nacional, com início das vendas no segundo semestre. A empresa anunciou também que terá uma linha de produção no Brasil.
O local para a futura fábrica ainda não foi definido, mas há preferência por uma unidade já pronta. Uma das principais opções é a planta da Toyota em Indaiatuba (interior de São Paulo).
A montadora japonesa está transferindo a linha de montagem para a planta de Sorocaba, também no interior de São Paulo. Na última semana, foi fechado o acordo com o sindicato da região.
As companhias, contudo, não confirmam negociações. Há outras empresas interessadas nas instalações de Indaiatuba, além de haver mais fábricas ociosas disponíveis para negociação no país.
Além da China, a empresa, que faz parte do grupo Hozon, tem uma fábrica na Tailândia.
Produzir localmente é parte da estratégia de expansão da Neta, que pretende atingir a marca de 300 mil carros comercializados fora de seu país de origem até 2026.
A montadora pretende abrir 370 novas concessionárias em mercados estrangeiros ainda neste ano, meta ambiciosa para uma fabricante jovem.
O primeiro carro da Neta foi produzido em 2018 —a fabricante faz parte da nova geração de marcas chinesas focadas em veículos elétricos.
Há também duas opções híbridas no portfólio, mas o motor a combustão funciona apenas como um gerador para abastecer as baterias e aumentar a autonomia para aproximadamente 1.200 km, segundo a montadora.
O primeiro carro apresentado no Brasil é o cupê esportivo elétrico GT. A versão mais potente tem 462 cv e autonomia de aproximadamente 500 km.
O modelo segue o padrão dessas novas marcas chinesas, que se inspiram na Tesla para conquistar mercados globais. O padrão de acabamento remete a modelos de marcas premium tradicionais, como as alemães Audi, BMW e Mercedes.
A Neta confirma que três modelos serão lançados ao mesmo tempo no segundo semestre. Além do GT, haverá um sedã e um SUV na linha.
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