Elio Gaspari

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

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Descrição de chapéu Datafolha violência

Com bandidos barbarizando em Copacabana, Rio já gastou R$ 40 mi com câmeras

Gastando-se R$ 40 milhões com câmeras, torram-se R$ 40 milhões da Viúva e pouco mais que isso

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Equipamentos e segurança

Com bandidos barbarizando nas ruas de Copacabana, o novo secretário de Segurança do Rio, o delegado da Polícia Federal Victor Santos, revelou que já se gastaram R$ 40 milhões com câmeras.

Video divulgado nas redes sociais mostra grupo supostamente policiando por conta própria ruas da zona sul do Rio de Janeiro - Reprodução

O doutor tem no currículo a prisão do bicheiro Rogério Andrade. Ele não foi para a cadeia graças a vídeos captados por câmeras, mas porque um policial fez seu serviço. (O Tribunal de Justiça do Rio libertou-o, mas essa é outra história, ou talvez apenas mais um capítulo de uma história antiga.)

Gastando-se R$ 40 milhões com câmeras, torram-se R$ 40 milhões da Viúva e pouco mais que isso.

O risco da MetLife

Em 1992 um brasileiro residente em São Paulo comprou, através de um corretor autônomo, uma apólice de seguro de vida da empresa americana MetLife. O contrato previa a formação de um pecúlio resgatável depois de algum tempo, a critério do segurado. Coisa simples, que diversas seguradoras brasileiras praticam hoje em dia no Brasil, com sucesso.

Passaram-se 31 anos e no início deste ano o segurado brasileiro resolveu resgatar seu pecúlio. Passaram-se dez meses e a vítima não consegue fazer o resgate. Mais que isso: apesar de a MetLife operar no Brasil há duas décadas, ele não consegue nem falar com quem lhe diga o que deve fazer para recuperar o que é seu, conforme previsto no contrato.

A MetLife americana não responde aos pedidos e a MetLife brasileira diz que o problema não é dela.

Enquanto isso, ficam com o dinheiro.

Segurado do INSS, estatal e nacional, ele recebe pontualmente o que lhe é devido.

Às vezes a Justiça funciona

Nem só de penduricalhos e zigue-zagues vive o Judiciário brasileiro. Sem barulho, a Corregedoria Nacional de Justiça está mexendo na regularização de lotes urbanos, um assunto no qual se patina há décadas. Na sexta-feira, o corregedor Luis Felipe Salomão entregou cerca de 200 títulos de propriedade na comunidade do Alemão, no Rio de Janeiro.

Nas cidades brasileiras há milhões de famílias vivendo em lotes irregulares. Legalizados, afastam-se da influência de milicianos e melhoram seu acesso ao crédito.

Esse milagre é conseguido pelo simples interesse, associado a algum trabalho dos cartórios e de magistrados.

O programa da Corregedoria já regularizou as propriedades de 20 mil famílias. Numa só semana foram atendidas mais de 30 mil famílias da Amazônia.

A boca do jacaré do Ipec

As pesquisas de dezembro do Ipec e do Datafolha mostraram que, de uma maneira geral, o governo patina galhardamente com índices positivos de aprovação junto à opinião pública.

A boca do jacaré abriu-se num só item, na pesquisa do Ipec.

O(a) sr(a). confia ou não confia no presidente Lula?

  • 50% não confiam

  • 48% confiam

  • 3% não sabem/não responderam.

LEIA OUTROS TEXTOS DA COLUNA DE ELIO GASPARI

  • O golpe de Maduro está no mar

    https://www1.folha.uol.com.br/colunas/eliogaspari/2023/12/o-golpe-de-maduro-esta-no-mar.shtml

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