Após testar positivo para Covid-19, Jair Bolsonaro, isolado no Palácio da Alvorada, foi fotografado sendo bicado por uma ema e assistindo ao documentário “Sete Denúncias: As Consequências do Caso Covid-19”.
Tirando o fato de que, ao ser fotografado “vendo” o documentário, o vídeo estava pausado, o flagra mostra um pouco da qualidade de entretenimento que o presidente consome durante sua licença-Covid. Qualquer pessoa sensata mais desejaria ser bicada 120 vezes por uma ema do que assistir ao documentário completo.
Conhecendo Bolsonaro, não é difícil supor que sua lista de favoritos na Netflix tenha conteúdos de extremo mau gosto. Mas, como ele ainda tem alguns dias de isolamento pela frente, precisará preencher seu tempo com outros filmes e programas.
Seguindo a linha da total falta de qualidade do documentário, o presidente pode assistir aos filmes “Vovó… Zona” e “Cats”. Assim como seu governo, são provas de que nem os melhores efeitos especiais podem disfarçar uma péssima direção.
Outra dica é “Sharknado”, sobre o ataque de um tornado carregado de tubarões. O filme é uma ótima analogia à gestão do presidente —uma sucessão de tragédias com toques de comédia involuntária. É importante avisá-lo de que não se trata de um documentário.
Para manter o clima de horror, Bolsonaro pode assistir ao “Centopeia Humana”, que mostra como teorias científicas malucas podem terminar em filme de terror. O longa também está de acordo com a fixação anal da cúpula presidencial.
Já que não respeita quarentena, o presidente pode convidar o filho Flávio para ver “A Fantástica Fábrica de Chocolates”, que talvez explique o milagre da multiplicação de faturamento de uma loja da Kopenhagen.
Aproveitando a presença do 01, prestar um tributo ao amigo Fabrício Queiroz, que acabou de conseguir prisão domiciliar, com o filme “Prenda-me se for Capaz”.
Se ainda sobrar tempo, o presidente pode migrar para o canal Viva e assistir à série, cujo título combina com a conduta suspeita de sua família, “Armação Ilimitada”. Aproveitando a nostalgia do canal, pode homenagear seus seguidores revendo a novela “O Rei do Gado”.
Para encerrar, Bolsonaro pode fechar sua licença-Covid com chave de ouro, assistindo ao filme que retrata o merecido fim de um militar genocida, “A Queda”.
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