Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio

Governo Bolsonaro gasta R$ 1 milhão em alfafa; coluna explica por quê

Especula-se que o ministro da Ciência e Tecnologia tenha sido encarregado de projetar um novo travesseiro feito de pudim

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Os gastos com alimentos do governo federal, que somaram mais de R$ 1,8 bilhão, entraram na mira da oposição.

Para justificar a lista nababesca, o presidente já convocou alguns de seus melhores assessores autores de pronunciamentos como “é só uma gripezinha” e “a vacina da Pfizer só causaria frustração aos brasileiros”.

O que chamou a atenção foi o valor gasto com leite condensado. Já é sabido que o presidente possui o paladar infantil, além do nível intelectual. E a inteligência emocional. E o senso de humor. Mas R$ 15 milhões foi um pouco demais.

Palhaço aparece com cartão na mão, em frente a latas brancas
Galvão Bertazzi/Folhapress

Especula-se que o ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta brasileiro, tenha sido encarregado de projetar um novo travesseiro feito de pudim, mais confortável que o da Nasa.

Com tanta comoção causada pelo produto, outros produtos da lista de gastos acabaram esquecidos.

Como se trata de dinheiro público, a coluna investigou cada um dos itens e seus possíveis usos.

R$ 1,3 milhão em pó para refresco: artificial e prejudicial à saúde, esse item tem a cara do governo Bolsonaro. Certamente, nossas relações internacionais estariam melhores se servissem um suco decente.

R$ 5 milhões em uvas passas: considerando que 98% da população não gosta do alimento, seriam necessários 457 Natais para agradar os integrantes do governo amantes da iguaria. Sem dúvidas, um desperdício.

R$ 14 milhões em café: com essa quantidade de cafeína, o governo teria acordado para a pandemia, o que não aconteceu.

R$ 8,6 milhões em mandioca: e reclamavam quando a Dilma saudava a mandioca. Pelo menos ela fazia isso sem gastar dinheiro.

R$ 2,5 milhões em vinhos para o Ministério da Defesa: para suportar um presidente que declara guerra aos Estados Unidos, só com muito goró.

R$ 6,7 milhões em chuchu: claramente esse valor foi superfaturado, pois ninguém gosta de chuchu. É só ver o que aconteceu com Alckmin.

R$ 2,2 milhões em sagu: considerando que ninguém consome esse produto desde 1984, foi um pedido do presidente, um grande apreciador de rimas ruins, para quando os repórteres perguntarem o motivo da compra.

R$ 1 milhão em alfafa: leguminosa muito consumida pelo gado, certamente foi comprada para alimentar os 27% que ainda aprovam Bolsonaro.

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