O São Paulo acelera e não se confunde com o “Acelera São Paulo” que enganou tantos eleitores na capital e, depois, no interior paulista.
Mesmo sem uma atuação comparável à realizada na vitória sobre o Galo, o tricolor teve frieza para vencer o Fluminense depois de fazer bom primeiro tempo e segundo apenas razoável.
Prejudicado pelo erro do promissor Gabriel Sara, ao dar de presente para Fred o gol de empate na partida até então tranquila, o time soube superar o acidente.
Teria sido imperdoável deixar pontos no Maracanã na mesma rodada em que o Flamengo tropeçou no Castelão depois de uma semana inteira dedicada ao descanso e aos treinamentos.
Vindo de derrota contra o Grêmio, Fernando Diniz e a direção são-paulina acertaram no alvo ao optar por jogar com força máxima, ao poupar apenas o veterano lateral direito Juanfran.
Que efeitos o desgaste terá nesta quarta-feira (30), no jogo de volta contra os gaúchos, saberemos após o jogo. Mesmo que custe a eliminação da Copa do Brasil terá valido a pena, porque melhor um passarinho na mão que dois voando.
Péssimo seria jogar com time misto no Maracanã, eventualmente não vencer e ser superado pelo Grêmio.
Ao menos um triunfo está garantido e os sete pontos de vantagem sobre Galo e Flamengo, potencialmente quatro sobre os rubro-negros, são significativos.
Suponha que, ao contrário, de moral elevado, o São Paulo elimine o Grêmio. Será o bastante para fazer Renato Portaluppi enfrentar Rogério Ceni no jogo que falta a ambos no dia 27 de janeiro como se a honra gaúcha dependa dos três pontos em disputa. Ou seja, o obstáculo deste meio de semana pode ser o aliado no fim do mês que vem.
A campanha de Brenner e companhia tem sido a comprovação de que no futebol, como na política, nada como o tempo, o tal do senhor da razão.
Se João Agripino Doria a cada dia fica mais parecido com o verdadeiro BolsoDoria que encarnou para se eleger governador, Raí ganha pontos por ter insistido com Diniz e o treinador se agiganta por ter apostado em Brenner e Luciano, que trouxe desacreditados do Fluminense e do Grêmio, assim como por manterem Arboleda depois da bobagem de ter vestido a camisa palmeirense.
O que o zagueiro equatoriano jogou no Rio de Janeiro só é comparável aos dois gols de Brenner.
Já o marqueteiro que governa o estado de São Paulo só toma bolas entre as pernas e nas costas, ora ao fechar o estado e ir para Miami, mas só depois de assegurar a eleição de seu candidato à prefeitura, ora ao suspender a gratuidade no transporte dos mais velhos. Ou ao se embaralhar no que seria seu golpe de mestre, a vacina que o genocida de Brasília esnoba.
Agripino e Messias se merecem, nós, brasileiros de São Paulo, é que devemos ser muito imbecis para merecê-los.
O São Paulo acelera no Covidão-20 e caminha seguro a poucos metros da reta final.
É hora de dirigir com a ponta dos dedos.
Mancinismo
A recuperação corintiana tem o surpreendente dedo de Vagner Mancini, que mostra no Timão uma tranquilidade que jamais o caracterizou, tamanha as confusões causadas pelo técnico no Vitória e na Chapecoense.
A vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo só não foi maior porque ainda falta corrigir o último passe, a decisão final dentro da área.
Ao contrário da política recente em trazer jogadores do Fluminense, os desprezados do Galo estão dando resultado.
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