A pálida Cova América merecia uma final entre Chile e Colômbia, mas quiseram os deuses dos estádios que, neste sábado (10), o Maracanã receba as duas melhores seleções do continente, comandadas pelos dois melhores jogadores sul-americanos.
Argentina e Brasil vão em busca de seus 15º e 10° títulos respectivamente e Messi e Neymar farão o sexto duelo com camisas opostas, o quinto pelas seleções.
Como a AFA e a CBF não chegam a acordo sobre o histórico do confronto, fiquemos com o da FIFA: 42 vitórias brasileiras, 39 argentinas e 26 empates.
O placar dos embates entre Neymar e Messi é mais fácil: vestindo camisas de clubes só se enfrentaram uma vez, na final do Mundial de Clubes, em 2011, quando o Barcelona goleou o Santos por 4 a 0, dois gols do argentino, na esquisita situação de o jogador brasileiro já estar vendido para o catalão.
Pelas seleções, ambos empatam 2 a 2.
Neymar saiu vitorioso por 2 a 0 em amistoso em 2014 e, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, em 2016, por 3 a 0, com um gol seu.
Messi havia vencido os dois primeiros encontros, em amistoso em 2010, com gol seu, e com três do 4 a 3 em 2012.
Será o 21º clássico neste século 21, que tem vantagem nacional por 10 a 6.
Numerologia à parte, mas nem tanto, o desafio argentino não é pequeno: o Brasil sempre foi campeão nos cinco torneios continentais que sediou e Messi luta por seu primeiro título com a camisa de sua seleção principal.
Além do mais, é inegável a atual superioridade do time brasileiro, embora também seja indiscutível, e até maior, a supremacia de Messi sobre Neymar.
Agora é esperar que o gramado do Maracanã esteja à altura da grandeza do jogo que veio para socorrer a palidez desta Cova América, fadada a ser esquecida não botasse frente a frente duas das melhores escolas do futebol mundial em tira-teima para a história.
Como amamos odiar os argentinos e os argentinos odeiam amar os brasileiros, na bela sacada do sociólogo portenho Pablo Alabarces, sejamos justos: pelo desempenho no torneio, a seleção brasileira merece a taça; pelo conjunto da obra, será bonito ver Lionel Messi levantar o troféu.
Palavra de quem odeia odiar os brasileiros e ama amar os argentinos.
ITÁLIA X INGLATERRA
E a nova Azzurra, jogando ao estilo da vecchia, chegou à final da Eurocovid e tentará o bicampeonato continental neste domingo (11) no impecável tapete de Wembley.
Fez campanha encantadora até enfrentar a jovem Roja, que jogou melhor a semifinal e até se transformou na antiga Fúria para arrancar o 1 a 1 e quase virar.
Mas o gigante Donnarumma, 1,96m, de apenas 22 anos, com nome de goleiro assim como o uruguaio Mazurkiewicz, ou o polonês Tomaszewski ou, ainda, o espanhol Zubizarreta, impediu que a Espanha chegasse à decisão.
Vejamos como se comportarão os italianos diante dos ingleses em seu esforço de voltar com o futebol para casa, embora, depois de tê-lo inventado, o futebol só tenha estado lá mesmo uma vez, quando venceram a Copa do Mundo de 1966. E há controvérsias!
O que querem mais os ingleses além da Premier League? Outra arbitragem caseira?
EM SIGILO
Uma investigação em sigilo de Justiça sobre pedofilia no Palmeiras, e a consequente apreensão do celular de conselheiro, agita a vida do clube. Porque revela, além da gravidade do caso em si, mesadas pesadas para influenciar a próxima eleição.
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