Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri
Descrição de chapéu Seleção Brasileira

Assistir a Brasil x Uruguai será teste de esforço

Times canarinho e celeste tudo farão para você dormir antes do fim do jogo?

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Tente ficar acordado se é que você não está ainda adormecido depois de ver Colômbia 0, Brasil 0.
Porque nesta quinta-feira (14) é clássico, jogo que já foi enorme, hoje nem é tanto, mesmo que ainda guarde muita história.

A começar pela que tem o pior fim na centenária trajetória da seleção brasileira, o célebre Maracanazo, em 1950, a mais doída derrota de todos os tempos, muito mais dolorosa que o 7 a 1, apenas um vexame catastrófico.

No Rio de Janeiro, o futebol nacional lutava pela primeira Copa do Mundo. Em Belo Horizonte, pela sexta.

O complexo de vira-latas nascido no Maracanã era uma coleção de cinco taças de ouro no Mineirão, o que, se por um lado aumentou a vergonha, por outro amenizou a dor.

São 77 jogos através dos tempos, com 37 vitórias canarinhas, 20 empates e 20 vitórias da Celeste, quase todas no século passado.

Richarlison cabeceia na vitória do Brasil sobre o Uruguai no primeiro turno; neste século, time verde-amarelo tem ampla vantagem no clássico - Raul Martinez - 17.nov.20/AFP

Basta dizer que neste já foram disputados 12 jogos, com apenas uma vitória uruguaia, exatamente na primeira partida do século 21, e seis vitórias brasileiras.

Em Manaus, no elefante branco da Arena da Amazônia, a invencibilidade de 11 jogos deve ser mantida porque, se o time de Tite vem jogando muito mal e obtendo bons resultados, o de Óscar Tabárez joga igualmente mal e cai pela tabela, em quarto lugar, ameaçado de perto pela Colômbia.

Mais que os vizinhos brasileiros e argentinos, a formidável escola uruguaia de jogar futebol padece com a exportação de pé de obra, país de 3 milhões e meio de habitantes.

A Celeste vem de apanhar por 3 a 0 da Argentina, depois de jogar melhor o primeiro tempo, chutar uma bola na trave, provocar dois milagres do goleiro Emiliano Martínez, do Aston Villa, tomar dois gols no fim e um baile no segundo tempo.

Deve jogar com a faca entre os dentes na capital do Amazonas, porque, ao contrário de Neymar e companhia, a dupla Suárez&Cavani não tem vaga assegurada no Qatar.

Quem sabe sirva para despertar a seleção brasileira e a motive a nos dar um pouco de futebol para embalar a expressiva campanha invicta de dez jogos nas Eliminatórias sul-americanas, a segunda divisão do futebol mundial.

Ou mais uma vez o Dormonid e o Rivotril terão forte concorrente na seleção?

LEIA O OUTRO TEXTO DA COLUNA DE JUCA KFOURI DESTA QUARTA (13)

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