Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Descrição de chapéu basquete

Futebol, basquete e cerveja

Seleção vai bem, atrapalha Brasileiro, e Boston surpreende San Francisco

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Juca Kfouri

"Como espero não haver nenhuma rara leitora ou raro leitor que torçam pelo Boston Celtics, comunico minha torcida por Curry, Kerr, Green e Thompson. Pelo basquete —e pelas atitudes. Go, Warriors, go!", foi o fecho da coluna da quinta-feira (2).

E não é que não apenas há um raro leitor da coluna torcedor do Boston como é vizinho dela ao dar o ar de sua graça, e criatividade, às sextas-feiras, nesta mesma Folha?

Sandro Macedo, você sabe, é o nome dele.

Feliz torcedor do Boston, o time que beirou o sobrenatural no primeiro jogo da decisão da NBA, ao vencer o San Francisco no último quarto por 40 a 16 e o jogo, que perdeu durante quase o tempo todo, por 120 a 108.

Jogadores de Boston Celtics e Golden State Warriors durante partida da NBA em San Francisco - Ezra Shaw - 2.jun.22/Getty Images/AFP

Neste domingo (5), tem mais, outra vez na casa de Stephen Curry, cestinha com 34 pontos na derrota, provavelmente tão surpreso como todo e qualquer adepto dos Warriors.

Preferir a cerveja de Boston, a deliciosa ruiva Samuel Adams, ao quinteto de basquete da cidade não desmerece ninguém, muito menos o time, digno de todas as homenagens pela façanha da vitória extraordinária.

E, como Macedo também entende de cerveja, e muito, quem sabe explique por que ninguém mais fabrica a bock no Brasil, tão adequada ao friozinho que nos assola.

A quinta-feira começou radiante para o torcedor brasileiro e terminou mal para o californiano. Contrapor à velocidade sul-coreana a rapidez organizada da seleção brasileira é mais difícil do que aparenta.

O time de Tite fez tão bem que enfiou 5 a 1 nos asiáticos para não deixar dúvida sobre quem é quem na fila da Copa do Mundo, talvez último objeto de desejo de Neymar, certamente o de Lionel Messi, hoje muito mais jogador de seleção que de clube, como bem sabe o PSG e bem soube a Azzurra, arrasada com direito a olé nos impiedosos 3 a 0 da chamada Finalíssima entre os campeões da Copa América e da Eurocopa, em Wembley.

Tite, aliás, minimizou o pecado original da convocação sem cabimento de Weverton ao escalá-lo em Seul.
Deverá repetir o acerto se Danilo e Guilherme Arana jogarem contra o Japão, na segunda-feira (6), em Tóquio.

Absolvido não será por ninguém de bom senso, muito menos por palmeirenses e atleticanos, ao retirar os três do clássico deste domingo (5) entre Palmeiras e Atlético Mineiro, crime que comete com a cumplicidade da CBF contra o Campeonato Brasileiro.

OK, digamos que ele queira ver mais Arana e Danilo, que ele até pense em levar o garoto palmeirense para o Qatar, mas Weverton?! O que mais alguém precisa saber sobre o campeão olímpico, bicampeão da Libertadores, campeão brasileiro, da Copa do Brasil etc. etc.?

Todos sabemos, e Weverton também, que irá à Copa do Mundo e será o terceiro goleiro, porque há dois monstros imbatíveis chamados Alisson, 29, e Ederson, 28, cuja escolha só se dá por ordem alfabética ou idade.

Até a Premier League, que há quatro temporadas escolhe um ou outro para receber a Luva de Ouro, neste ano dividiu o prêmio entre os dois.

Mais inexplicável que a convocação de Weverton só a insistência com Daniel Alves, 39, mas Xavi concorda.

Digressões à parte, o grande jogo da rodada do Campeonato Brasileiro, o repeteco das semifinais da Libertadores de 2021, deveria merecer melhor tratamento por parte de quem organiza o torneio, como estamos roucos de tanto dizer.

Que ao menos Stephen Curry tenha uma boa noite dominical.

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