Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Bela exibição da seleção na etapa inicial contra Gana foi apenas isso e ponto

Por favor, pés no chão. Exatamente por ter sido contra quem foi

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Só faltava alguém reclamar dos 45 minutos jogados em Le Havre pela seleção brasileira contra Gana, quando o placar final de 3 a 0 se estabeleceu.

Ora, deu gosto ver o futebol bem jogado, com lances plásticos, time ofensivo, sedento pela bola, uma beleza. Fosse 5 a 0, seria mais verdadeiro para o que o time que está em primeiro lugar no ranking da Fifa fez contra o 60º.

Mas, por favor, pés no chão. Exatamente por ter sido contra quem foi, embora o adversário esteja classificado para a Copa do Mundo no Qatar.

Chato é quem critique o segundo tempo, quando seis substituições em doses homeopáticas prejudicaram o entrosamento e, ainda por cima, deixaram claro que os remanescentes estiveram mais preocupados em evitar lesões diante da exagerada virilidade dos africanos.

Cada pontapé em Neymar causava um frio na espinha do torcedor brasileiro.

Neymar bate na bola no triunfo brasileiro na França - Damien Meyer - 23.set.22/AFP

O time de Tite, que ainda enfrentará a Tunísia, em Paris, na terça-feira (27), cumpriu com ótimos números o ciclo da Rússia para cá, mas, convenhamos, exceção feita aos jogos contra a Argentina, poucas vezes foi testado para valer, porque enfrentar europeus virou impossibilidade.

Aliás, excelente desafio para a CBF será conseguir inscrever a seleção na Liga das Nações, porque, além de abrilhantar o torneio, permitirá medir com precisão a quantas andamos.

Com o bônus de evitar deslocamentos, já que quase todos os jogadores atuam na Europa.

É praticamente certa a reformulação completa da comissão técnica da seleção a partir da saída de Tite depois da Copa.

Do diretor Juninho Paulista ao roupeiro serão raros os que ficarão, e a ideia fixa na CBF é a de trazer treinador estrangeiro para os próximos quatro anos.

As relações do presidente Ednaldo Rodrigues com a atual comissão técnica são formais, civilizadas e frias.

Tudo o que o técnico pede é prontamente atendido porque ninguém é maluco a ponto de botar o que quer que seja a perder às vésperas da Copa.

Como Tite sairá mesmo se vitorioso e com o hexa na bagagem, porque assim ele quer, certo de que a vaidade deve ceder à inteligência, as mudanças serão de cabo a rabo.

Nada melhor, no globalizado mundo do futebol, assumir de vez o papel de legião estrangeira da seleção e fazê-la desfilar pelos gramados europeus como se fosse a companhia canadense Cirque du Soleil, multinacional do entretenimento transformada em verdadeira torre de Babel com os melhores artistas do planeta.

A única diferença será a exigência do passaporte brasileiro.

PINGUE-PONGUE

Quando não estava assediando funcionárias, e sóbrio, Rogério Caboclo, o ex-presidente da CBF, jogava pingue-pongue ao anoitecer com o ex-secretário-menor Walter Feldman.

Que fazia questão de perder todas as vezes para deixar o chefe feliz.

EM COMPENSAÇÃO

A festa na CBF era tamanha que houve executivo que teve o divórcio feito pelo departamento jurídico da entidade.

De grátis!

É DOMINGO!

Que este domingo (25) seja o último do pesadelo brasileiro, iniciado em outro domingo, 7 de outubro de 2018.

Então, uma doença contagiosa tomou conta do país, inoculada por monstruosa campanha repleta de mentiras só desmascaradas ao longo de quatro penosos anos.

Todos, rigorosamente todos nós, somos culpados por permitir que as coisas chegassem ao ponto em que chegaram, com a eleição de um sociopata para envergonhar o Brasil.

A urna será nossa melhor vacina.

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