Então a seleção brasileira jogará nesta sexta-feira (23) contra Gana e na terça seguinte (27) contra a Tunísia, ambos os jogos na França, em Le Havre e Paris, respectivamente.

É o que temos, pois fazer amistosos contra europeus parece desafio sem solução.

Nestas alturas da temporada, poucos torcedores estão preocupados com a sorte do time canarinho, e as quatro maiores torcidas do país querem saber é de seus times, envolvidos em decisões as mais variadas.

A do Flamengo concentrada na Copa do Brasil e na Libertadores, contra Corinthians, em dois jogos nos dias 12 e 19 de outubro, o segundo no Maracanã, e contra o Athletico Paranaense, em Guayaquil, no Equador, em 29 de outubro.

Os corintianos preocupados com a Copa do Brasil e com uma vaga direta no torneio continental via Brasileiro.

Os são-paulinos também têm dois focos: ficar longe da zona do rebaixamento, o que nestas alturas está bem encaminhado, e ser bicampeões da Copa Sul-Americana, em Córdoba, na Argentina, em disputa com o equatoriano Independiente del Valle, dia 1º de outubro.

Já os palmeirenses, alijados das Copas para surpresa geral, mas com a compreensão de sua gente, caminha imponente para ganhar mais um Campeonato Brasileiro, garantia de manutenção do círculo virtuoso dos últimos anos.

No meio desses gigantes, o olho do Furacão está também em Guayaquil, em busca de pregar bela peça no Flamengo e entrar definitivamente no rol dos maiores clubes do país, o que pode até não acontecer agora, mas será apenas questão de tempo.

Tudo isso para dizer, nesta rápida revisão sem novidades sobre alguns dos times envolvidos com dias mais palpitantes, em que medida a parada civilizada do Campeonato Brasileiro interferirá em suas vidas imediatamente.

Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Athletico agradecem os dias de descanso e, sobretudo, de treinamento para acertar seus times e recuperar jogadores machucados —Maycon, do alvinegro, é o caso mais gritante.

Exceção feita ao goleiro Weverton e ao zagueiro Gustavo Gómez, no Palmeiras, assim como Canobbio, no Athletico, e Balbuena e Bruno Méndez, no Corinthians, nenhum dos quatro teve prejuízos graves com os convocados para as datas Fifa.

O Flamengo, sim, lascou-se, com seis convocados: Vidal e Pulgar, pelo Chile, Éverton Ribeiro e Pedro, pelo Brasil, e Arrascaeta e Varela, pelo Uruguai.

Ou seja, não só terá jogadores fundamentais desgastados como de pouco servirá a folga dos demais para afinar entrosamento.

E por que a parada do campeonato nacional ainda está longe de ser como deveria?

Não só porque haverá jogos já no dia 25 (São Paulo x Avaí) e no dia 27 (Santos x Athletico) como porque no dia 28 todos os demais 16 times entram em campo.

Lembremos, a seleção joga em Paris no dia 27…

Em bom português: a parada é tipo para brasileiro ver, pois aquela expressão anterior, a que envolvia os ingleses, caiu em desuso depois da vergonha que todos passamos com a presença do sociopata e seus seguidores em Londres para o funeral da rainha Elizabeth.

O que aconteceu para inglês ver nos expôs a vexame maior que o 7 a 1.

O próximo presidente do Brasil, em seu discurso de posse, no dia 1º de janeiro do ano que vem, terá, necessariamente, de pedir desculpas ao mundo pelos últimos quatro anos.

Dizer que não somos, na maioria, o que se viu à beira do Tâmisa.