Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

O Dérbi que vale pouco e vale muito

Corinthians e Palmeiras voltam a jogar e buscam mais que o prazer de vencer

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O jogo ainda será disputado na primeira fase do Paulistinha e tanto o Palmeiras quanto o Corinthians sabem que estarão nos mata-matas.

Verdade que terminar na frente na classificação geral dá a vantagem de mando na hora de decidir, o que, com torcida única, faz diferença —embora ninguém ligue muito para isso, a não ser quando a hora chega.

O Palmeiras faz campanha invicta, com seis vitórias e dois empates, enquanto a trajetória corintiana é medíocre, com quatro vitórias, dois empates e duas derrotas.

Yuri Alberto na partida Portuguesa 0 x 0 Corinthians, em Brasília, pelo Campeonato Paulista - Ronaldo Barreto/TheNews2/Agência O Globo

Líder com seis pontos a mais que o rival, mesmo que venha a sofrer improvável derrota, o Palmeiras deve assegurar o primeiro lugar até o fim.

Ao Corinthians resta o enorme desafio de infligir a primeira derrota ao maior rival e tem como arma exatamente a torcida única em Itaquera.

Dizer que é missão impossível fere a realidade do esporte e ainda mais quando se trata de clássicos.
Mas desde a chegada de Abel Ferreira ao alviverde foram disputados oito Dérbis, com cinco vitórias palmeirenses, duas delas em Itaquera, e apenas uma vitória alvinegra.

Wagner Mancini, Sylvinho e Vitor Pereira tiveram a tarefa de enfrentar o lusitano e só o segundo se deu bem, com uma vitória e um empate. Pereira perdeu as três e Mancini perdeu duas vezes, uma de 4 a 0, além de um empate.

Fernando Lázaro deve estar sem dormir, como todo corintiano sensato está preocupado. Ou não, porque já dá a derrota como certa.

Só que corintiano sensato é artigo raro na praça e corintiano derrotado antes de jogar não é corintiano de verdade.

Por isso a Fiel irá ao clássico em Itaquera confiante. Como voltará é que são elas.

Perder resultará em crise no alvinegro e será chateação do lado verde.


O PSG E A CHAMPIONS

A Liga dos Campeões da Europa está para o Paris Saint-Germain assim como a Copa Libertadores da América esteve para o Corinthians até 2012: parece inatingível, seja por azares do futebol, pelo sorteio dos rivais, por erros dos goleiros ou árbitros, pela perda de gols feitos.

Fato é que o milionário clube francês não orna com a Orelhuda, como se ela e a Torre Eiffel não coubessem na mesma cidade.

Paris vale bem uma missa, mas a Champions a rejeita.

A derrota por 1 a 0 para o Bayern Munique, no Parque dos Príncipes, soa feito aviso prévio para a eliminação ainda na oitavas de final.

Convenhamos que para quem tem Lionel Messi, Kylian Mbappé e Neymar no ataque e Sérgio Ramos e Marquinhos como dupla de zagueiros, mais uma decepção será digna de levar o sheik Nasser Al-Khelaïfi a recolher o cheque.

E, queira Alá, investir no Parque São Jorge.

Pelo menos no Corinthians o trauma continental já está superado.

APOSTAS$PROPINAS

Ninguém poderá alegar não ter sido alertado: onde tem apostas, tem corrupção. O futebol não foge à regra, jamais fugiu, aqui e pelo mundo afora: Totonero, Máfia da Loteria, Caso Edílson Pereira de Carvalho etc. etc. etc.

Listar os casos é até ocioso, tantos que são.

Será que programas esportivos patrocinados pelas "bets" —que financiam também vários clubes— terão interesse em investigar as suspeitas de eventuais lavanderias de dinheiro?

Já dizia Stanislaw Ponte Preta: "Locupletemo-nos todos ou restaure-se a moralidade".

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