Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Futebol do Manchester City é o futebol bonito

O time de Pep Guardiola e Kevin De Bruyne sonha e faz sonhar: o belo é possível

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Como transformar um tigre num gatinho?

O Manchester City ensinou, ao domar ninguém menos que o Real Madrid durante toda primeira metade do primeiro tempo, até Kevin De Bruyne achar Bernardo Silva e o português vencer Courtois, que já havia feito duas senhoras defesas em cabeceios de Haaland.

Courtois defende cabeceio de Haaland - Carl Recine/Reuters

Como evitar que o gatinho voltasse a ser tigre, metamorfose frequente entre os madridistas, tanto que logo Kroos acertou o travessão de Ederson no primeiro chute espanhol ao gol; e se a bola entrasse poderia ter efeito devastador.

Era, contudo, noite de Bernardo Silva, que logo ampliou para deixar tudo azul em Manchester, a capital mundial do futebol bonito que festejava o 2 a 0.

O português Bernardo Silva marca o segundo gol do Manchester City - Oli Scarff/AFP

Nem por isso Pep Guardiola mandou tirar o pé, porque via o adversário grogue e sabia que ainda faltaria o segundo tempo e o gatinho sempre desconheceu o impossível.

Gatinho que mostrou suas unhas no recomeço do jogão, mas, desta vez, o impossível ficou longe de ser possível, porque o City estava disposto a mostrar que jogar bonito e vencer é o que o distingue —e, para não deixar dúvidas, virou dois e acabou quatro: 4 a 0! Que show!

Julian Alvarez faz o quarto gol do Manchester City - Molly Darlington/Reuters

Terá a Inter de Milão como adversária, italianos em busca do tetracampeonato depois de atropelar o rival Milan ao fazer 3 a 0 no placar agregado e evitar quaisquer riscos nos jogos disputados em território comum, o estádio San Siro.

A Inter entra como azarão, mas com camisa e muito bem organizada, humildemente disposta a desmentir todas as previsões no Planeta Bola.

Lautaro Martinez comemora seu gol na partida Internazionale 1 x 0 Milan - Alberto Lingria - 16.mai.23/Reuters

A data, a hora e o local estão marcados: 10 de junho, às 16h, em Istambul, na Turquia.

Só não será o jogo do ano porque o jogo do ano já aconteceu em Manchester.

Brasileirão indecifrável

A rara leitora e o raro leitor olham para a tábua de classificação do Campeonato Brasileiro e se surpreendem porque, em apenas seis rodadas, 18 times já não estão mais invictos.

E os dois que estão, Palmeiras e Fortaleza, têm campanhas bem diferentes, porque o alviverde ganhou quatro jogos e empatou dois, enquanto o tricolor do Pici ganhou dois e empatou quatro.

Os paulistas em segundo lugar, na cola do líder Botafogo, a apenas um ponto; e os cearenses em oitavo, a quatro pontos do Palmeiras.

Mas o Botafogo lidera e o Cruzeiro está no G4.

Tiquinho Soares comemora gol na partida Botafogo 3 x 0 Corinthians, no estádio Nilton Santos (RJ) - Sérgio Moraes - 11.mai.23/Reuters

Quem previu?

Ninguém, nem os torcedores dos dois clubes, por maiores que sejam.

Lá embaixo estão Cuiabá, Coritiba e América, e aí surpresa não há.

Mas também está o Corinthians.

Então você volta a olhar para os invictos e aposta que ambos seguirão sem perder na sétima rodada, porque o Palmeiras terá o Santos, na Vila Belmiro, e o Fortaleza enfrentará o América, também fora de casa.

A chance de o Cruzeiro somar mais três pontos é enorme, porque joga contra o Cuiabá, no estádio Independência.

A do Botafogo é menor, mesmo em casa, pois o adversário será o Fluminense, terceiro colocado, no chamado Clássico Vovô.

Ruim mesmo é a situação do Corinthians, que irá visitar o Flamengo no Maracanã e, para piorar, na rodada seguinte receberá o Fluminense, com pouquíssimas chances de sair da zona do rebaixamento e muitíssimas possibilidades de se afundar em perigosa crise.

Como futebol é futebol, tudo pode acontecer, é claro, inclusive nada.

Agora, segurança de verdade, só um time desperta no momento: o de Raphael Veiga. Ou seria de Abel Ferreira?

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