Quem nunca viu um Santos x Botafogo na década de 1960 não sabe o que perdeu.
Imagine algo ainda melhor que Barcelona x Real Madrid dos tempos de Messi versus Cristiano Ronaldo.
Ou, para ficar mais perto, também superior a Manchester City x Liverpool, os timaços comandados por Pep Guardiola e Jürgen Klopp, Kevin De Bruyne contra Mohamed Salah.
Nem a decisão do Campeonato Brasileiro entre santistas e botafoguenses, em 1995, vencida pelos cariocas sob arbitragem desastrosa, serve como parâmetro para o que foram os embates entre Pelé e Mané Garrincha, Zito e Didi.
Porque o botafoguense Túlio e o santista Giovanni, as estrelas de então, nem de longe se comparam àquelas.
O que a Vila Belmiro, de portões fechados, viu no empate por 2 a 2 foi exemplar como passo para o que pode ser o maior título do Glorioso, porque, mantida a toada, incontestável.
Sair atrás por 2 a 0 em tarde ruim, sem Eduardo seu principal articulador, e quase virar no fim do jogo é só para espíritos fortes, para quem parece predestinado à consagração.
Dizer que a reação chegou a ser comovente não é exagero.
LUZES DO TRIO
O Palmeiras acendeu sinal vermelho para o que ensaiava ser uma crise ao derrotar o bom time do Fortaleza por 3 a 1.
O Corinthians piscou a luz amarela para o que parecia ser uma reação ao empatar 0 a 0, com mau futebol, com o Bahia.
E o São Paulo ligou sinal verde para o que pode voltar a ser um problemão ao perder para o Cuiabá por 2 a 1.
No mundo maluco do futebol brasileiro, em que apenas um resultado tem mil consequências, mesmo que a vitória palmeirense, em casa, tenha sido ameaçada por incríveis chances de gol desperdiçadas pelos cearenses, e assegurada pelo goleiro Weverton, é indisfarçável o alívio causado pelos lados alviverdes. Aqui não!, dizem seus adeptos.
Já as situações de Corinthians e São Paulo dependem exclusivamente do que um fará contra o outro nesta terça-feira (25), no jogo de ida das semifinais da Copa do Brasil.
O que abre a perspectiva de jogo medroso, com ares de empate, para manter as coisas como estão, ainda em compasso de espera, à espreita de melhores, ou piores, dias.
Se alguém perder, evite estar na pele de Vanderlei Luxemburgo, caso seja ele o comandante do time do fim da escrita em Itaquera, ou de Dorival Júnior, mais um a fracassar diante do velho rival em sua ainda nova casa.
Abel Ferreira, por curioso que pareça, eliminado do torneio, poderá curtir o jogo de camarote, na paz dos ganhadores.
BOM DIA!
Se a rara leitora e o raro leitor estiverem lendo estas mal-traçadas linhas antes da estreia das Canarinhas na Copa do Mundo, façam figa para que dê tudo certo contra as panamenhas. Que a posição delas no ranking da FIFA, nono lugar, prevaleça sobre a das adversárias, 52º.
E não se fie muito em tamanha diferença porque estreias em Copas do Mundo são estreias em Copas do Mundo.
Basta dizer que as inglesas, em quarto lugar, suaram sangue para vencer as haitianas, em 53º, com gol de pênalti, batido duas vezes —e só não sofreram o empate em duas oportunidades por mero acaso, embora tenham dominado a partida. Ou que a França, a quinta colocada, ficou no 0 a 0 com a Jamaica, a 43ª.
Se a leitura estiver sendo feita depois do jogo previsto para as 8h, que nossa segunda-feira tenha começado muito bem. Vai!
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