Corinthians e São Paulo estão longe de viver seus melhores dias, até ao contrário.
Nem por isso a expectativa em torno dos dois jogos decisivos para definir um finalista da Copa do Brasil é pouca coisa.
Na terça-feira (25), em Itaquera, teremos os primeiros 90 minutos do Majestoso mais importante dos últimos anos.
A última vez em que os dois disputaram jogos de vida ou morte aconteceu dez anos atrás, em julho de 2013, pela Recopa Sul-Americana, com duas vitórias alvinegras, no Morumbi (com apenas 31.691 torcedores) e no Pacaembu (lotado por 36.050 pessoas).
Tite dirigia o Corinthians, e Rogério Ceni era o goleiro do São Paulo.
Daquele jogo participaram corintianos que devem voltar a jogar nesta terça: Cássio, Fábio Santos, Gil e Renato Augusto, além de Alexandre Pato, este de camisa trocada.
Paulo Henrique Ganso e Luis Fabiano estavam no São Paulo.
De lá para cá, houve 41 embates, com 13 vitórias corintianas, 11 são-paulinas e 17 empates, porque equilíbrio pouco é bobagem.
As semifinais de 2023 já aconteceram em 2002, com dois jogos no Morumbi, o primeiro vencido pelos alvinegros por 2 a 0 e o segundo pelos tricolores por 2 a 1. Avançou à final o time preto e branco, que chegou a seu segundo título.
A vantagem no confronto direto é amplamente alvinegra, com 132 vitórias, 115 empates e 109 derrotas.
Em mata-matas também a vantagem é flagrante, com 17 passagens para a fase seguinte contra seis.
Tudo isso é história, nada disso vale para o que virá, a não ser um certo complexo, ou superstição, que pode ou não prevalecer.
Sim, há a escrita de Itaquera com 17 jogos sem derrota dos anfitriões e 10 vitórias.
Mas um oitavo empate servirá como luva para o visitante usá-la com a faca e o queijo nas mãos no jogo de volta, no Morumbi lotado, dia 16 de agosto.
A quebra da escrita, então, praticamente assegurará a vaga são-paulina em busca do título inédito.
E é inegável que o São Paulo de Dorival Júnior já encontrou seu rumo, enquanto o Corinthians de Vanderlei Luxemburgo ainda tateia para achar o dele.
Como é verdade que o Corinthians tem mais jogadores decisivos que o São Paulo e que a pressão em sua casa é maior que na do rival, por mais que lá caiba quase o dobro, fora o exagero.
Tudo somado, subtraído, dividido e multiplicado, na sopa de números, importa mais considerar o equilíbrio dos últimos dez clássicos, de 2020 para cá, com cinco empates, três vitórias do São Paulo e duas do Corinthians, com mandos de campo rigorosamente iguais.
Toca no Calleri que é gol? O argentino é o artilheiro são-paulino em 2023, com nove tentos.
Ou dá pro Róger Guedes que é redes? O cara já marcou 20 vezes na temporada.
Por enquanto, só uma coisa é certa: o palmeirense verá o Majestoso com inveja, porque estava certo de que veria mais um Dérbi e perdeu o Choque-Rei. Quem diria?
Outro ponto a favor do São Paulo, embora digam que o tricolor está para o alviverde assim como o alvinegro está para o tricolor.
Veremos!
RISCO DE VIDA
Que as mulheres não matem o colunista que dedicou todo o espaço ao Majestoso, de terça-feira, na antevéspera da estreia das Canarinhas na Copa do Mundo, na segunda, contra o Panamá.
Acredite a rara leitora que foi só para disfarçar a tensão.
E porque o raro leitor se sentirá assim mais contemplado…
Acredite, piamente. É verdade, Pia. Vai!
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