O Palmeiras deve respeitar o Boca Juniors nas semifinais da Libertadores?
Muito. O Boca e a Bombonera.
Deve temer?
Não.
Os xeneizes, sim, tem por que temer o Palmeiras, mais recente papatítulos da Libertadores.
O passado de desvantagem alviverde é isso, é passado. O presente tem sorrido muito mais para os ares da Água Branca que para o tradicional bairro portenho.
O Corinthians deve respeitar o Fortaleza nas semifinais da Copa Sul-Americana?
Muito. O Fortaleza e o Castelão.
Deve temer?
Sim.
Porque o Tricolor do Pici só não tem a camisa tão pesada.
De resto, tem time melhor porque o treinador Juan Vojvoda é muito superior ao do Corinthians, que, mesmo com elenco mais poderoso, tem sido incapaz de mostrar um mínimo de bom desempenho.
O Fluminense deve respeitar o Inter?
Sim. O Inter e o Beira-Rio.
Deve temer?
Não.
Os colorados são os primeiros a saber que o Fluminense é superior, razão pela qual têm motivos de sobra para respeitá-lo e temê-lo.
O QUE É MELHOR?
Para o futebol brasileiro, garantidos ao menos dois finalistas nas duas copas, talvez, e provavelmente, três, quais serão os melhores campeões?
Desculpem a rara leitora e o raro leitor torcedor do Corinthians, mas a escolha óbvia é o Fortaleza, com investimento muito menor, com gestão, há anos, muito melhor e com time superior para enfrentar a LDU ou o Defensa y Justicia, em Montevidéu, na finalíssima.
Desculpem, também, as raras leitoras e raros leitores que torcem pelo Palmeiras e para o Internacional, mas a vez deve ser do Fluminense.
Porque é quem tem a proposta de jogo mais interessante, mais brasileira, e porque, dos antigos 12 maiores clubes do país, é, ao lado do Botafogo, o único ainda sem a Libertadores.
O Palmeiras tem três, o Inter tem duas, e Chico Buarque merece a alegria do título inédito no 80° ano de sua vida. Ainda mais com a final no Maracanã.
TRISTEZA NÃO TEM FIM?
O São Paulo viveu nova decepção, e o Botafogo, também, eliminados da Copa Sul-Americana, no Morumbi e na Argentina, para LDU e Defensa y Justicia, respectivamente.
Ambos ainda terão a chance de comemorar até a temporada acabar. E muita coisa.
O tricolor está às portas de ganhar o inédito título da Copa do Brasil, apesar de o adversário ser o Flamengo, embora ninguém saiba, nem os rubro-negros, qual.
O Glorioso, então, está em vias de ganhar o verdadeiro Campeonato Brasileiro pela segunda vez e depois de inacreditáveis 28 anos na fila.
Aqui, sabe-se, não há lugar para revisionismos, e título de Campeonato Brasileiro é título de Campeonato Brasileiro, sempre a partir de 1971, aí incluído o de 1987, do Flamengo.
Comparados às perdas da Sula, convenhamos, os dois títulos são clamorosamente mais importantes para terminar o jejum.
Por isso, tanto os são-paulinos quanto os botafoguenses devem acreditar piamente que tristeza tem fim, sim —e pode ser logo ali.
MIXÓRDIA
Misturar esporte, como política pública, e empreendedorismo, microempresas etc., é render-se à lógica burra e desumana de tratar saúde como negócio.
Não há acordo político que justifique tamanha barbaridade, e melhor será acabar com a hipocrisia e enterrar de uma vez por todas o sonho de o país ter uma Política Esportiva.
Abortar a atual gestão no Ministério do Esporte ainda antes de completar nove meses será criminoso.
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