Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

Pequenos pensamentos imperfeitos sobre o desfecho do ano

É hora de refletir sobre o fim da temporada, mesmo sob risco de derrapar na curva

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O Palmeiras deve respeitar o Boca Juniors nas semifinais da Libertadores?

Muito. O Boca e a Bombonera.

Deve temer?

Não.

Os xeneizes, sim, tem por que temer o Palmeiras, mais recente papatítulos da Libertadores.

O passado de desvantagem alviverde é isso, é passado. O presente tem sorrido muito mais para os ares da Água Branca que para o tradicional bairro portenho.

O Corinthians deve respeitar o Fortaleza nas semifinais da Copa Sul-Americana?

Muito. O Fortaleza e o Castelão.

Deve temer?

Sim.

Porque o Tricolor do Pici só não tem a camisa tão pesada.

De resto, tem time melhor porque o treinador Juan Vojvoda é muito superior ao do Corinthians, que, mesmo com elenco mais poderoso, tem sido incapaz de mostrar um mínimo de bom desempenho.

O Fortaleza, de Pikachu, é melhor do que o Corinthians - JL Rosa - 31.ago.23/AFP

O Fluminense deve respeitar o Inter?

Sim. O Inter e o Beira-Rio.

Deve temer?

Não.

Os colorados são os primeiros a saber que o Fluminense é superior, razão pela qual têm motivos de sobra para respeitá-lo e temê-lo.

O QUE É MELHOR?

Para o futebol brasileiro, garantidos ao menos dois finalistas nas duas copas, talvez, e provavelmente, três, quais serão os melhores campeões?

Desculpem a rara leitora e o raro leitor torcedor do Corinthians, mas a escolha óbvia é o Fortaleza, com investimento muito menor, com gestão, há anos, muito melhor e com time superior para enfrentar a LDU ou o Defensa y Justicia, em Montevidéu, na finalíssima.

Desculpem, também, as raras leitoras e raros leitores que torcem pelo Palmeiras e para o Internacional, mas a vez deve ser do Fluminense.

Porque é quem tem a proposta de jogo mais interessante, mais brasileira, e porque, dos antigos 12 maiores clubes do país, é, ao lado do Botafogo, o único ainda sem a Libertadores.

O Palmeiras tem três, o Inter tem duas, e Chico Buarque merece a alegria do título inédito no 80° ano de sua vida. Ainda mais com a final no Maracanã.

TRISTEZA NÃO TEM FIM?

O São Paulo viveu nova decepção, e o Botafogo, também, eliminados da Copa Sul-Americana, no Morumbi e na Argentina, para LDU e Defensa y Justicia, respectivamente.

Ambos ainda terão a chance de comemorar até a temporada acabar. E muita coisa.

O tricolor está às portas de ganhar o inédito título da Copa do Brasil, apesar de o adversário ser o Flamengo, embora ninguém saiba, nem os rubro-negros, qual.

O Glorioso, então, está em vias de ganhar o verdadeiro Campeonato Brasileiro pela segunda vez e depois de inacreditáveis 28 anos na fila.

Aqui, sabe-se, não há lugar para revisionismos, e título de Campeonato Brasileiro é título de Campeonato Brasileiro, sempre a partir de 1971, aí incluído o de 1987, do Flamengo.

Comparados às perdas da Sula, convenhamos, os dois títulos são clamorosamente mais importantes para terminar o jejum.

Por isso, tanto os são-paulinos quanto os botafoguenses devem acreditar piamente que tristeza tem fim, sim —e pode ser logo ali.

Rafinha e Guerrero disputam a bola durante partida entre São Paulo e LDU no Morumbi
São Paulo sofreu com a LDU, mas ainda pode sorrir no ano - Divulgação

MIXÓRDIA

Misturar esporte, como política pública, e empreendedorismo, microempresas etc., é render-se à lógica burra e desumana de tratar saúde como negócio.

Não há acordo político que justifique tamanha barbaridade, e melhor será acabar com a hipocrisia e enterrar de uma vez por todas o sonho de o país ter uma Política Esportiva.

Abortar a atual gestão no Ministério do Esporte ainda antes de completar nove meses será criminoso.

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