Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri
Descrição de chapéu Libertadores

O Brasil nas semifinais continentais

Tanto a Copa Libertadores quanto a Sul-Americana podem ter quase só brasileiros

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Só uma catástrofe evitará que o Fortaleza seja semifinalista da Copa Sul-Americana após vitória por 3 a 1 sobre o América, em Belo Horizonte. O Leão do Pici está pronto para disputar a vaga na final, com Corinthians ou Estudiantes, no estádio Centenário de Montevidéu.

Nem mesmo uma catástrofe impedirá o Palmeiras de ser mais uma vez semifinalista da Libertadores depois de ter goleado o colombiano Deportivo Pereira na casa dele por 4 a 0.

Que venha o Racing ou o Boca Juniors, ambos os times páreos duros, embora inferiores ao alviverde.

O líder do Campeonato Brasileiro, Botafogo, bobeou no estádio Nilton Santos ao só empatar por 1 a 1 com o Defensa y Justicia, mas, mesmo assim, o Glorioso tem total condição de voltar da Argentina classificado para enfrentar o São Paulo ou a LDU na semifinal da Sula.

O Internacional superou a altitude de La Paz e voltou de lá com precioso 1 a 0 sobre o Bolívar. Não há de perder a vaga no Beira-Rio para poder enfrentar o Fluminense, ou o Olimpia, a um passo da finalíssima.

Internacional deu passo precioso em La Paz - Aizar Raldes - 22.ago.23/AFP

O São Paulo, é verdade, terá de reagir contra os equatorianos da LDU, mas seu 12º jogador, o Morumbi, em tabelinha com Lucas Moura, pode perfeitamente repetir as viradas contra Corinthians, pela Copa do Brasil, e San Lorenzo, pela Sula, e pegar o Botafogo, ou o Defensa y Justicia.

Já o outro tricolor, o carioca, fez grande apresentação contra a retranca do Olimpia e irá ao Defensores del Chaco com a boa vantagem obtida no Maracanã. O 2 a 0 poderia ter sido ampliado, a vida em Assunção não será fácil, mas o Fluminense é bem melhor que os paraguaios três vezes campeões da Libertadores.

De todos os pretendentes às semifinais é o Corinthians quem está em situação mais difícil, embora tenha vencido o Estudiantes por 1 a 0, em Itaquera.

Por contraditório que pareça, será menos difícil para o São Paulo reverter sua desvantagem em casa do que para o alvinegro manter a vantagem em La Plata.

O Corinthians pôde fazer o 2 a 0 e até mereceu, mas, na primeira vez, o assoprador de apito e o VAR preferiram ignorar uma clara penalidade máxima e, na segunda, Gustavo Mosquito, herói do imerecido empate no Mineirão com o Cruzeiro no último minuto, virou vilão ao mandar nas nuvens o gol que fará muita falta na Argentina.

Sem pachequismo, e também sem considerar como favas contadas, será perfeitamente normal se tivermos na Sul-Americana uma semifinal brasileira entre Corinthians e Fortaleza e outra entre Botafogo e São Paulo, para assegurar finalíssima brasuca.

Assim como será natural que tenhamos, na Libertadores, Fluminense x Inter de um lado e o garantido Palmeiras do outro, com enormes possibilidades de nova decisão entre brasileiros no Maracanã, como a entre Palmeiras e Santos nos sombrios tempos da pandemia.

A perspectiva revela a superioridade financeira dos clubes nacionais, repletos de hermanos como bem registrou o vizinho PVC, cuja coluna na quinta-feira (25) requer apenas uma divergência: ele diz que os torcedores "sempre" preferiram seus clubes à seleção brasileira.

Não é bem assim. Até o tricampeonato, em 1970, a seleção tinha preferência. Depois disso, talvez por ter ficado banal, provavelmente fruto da perda de vínculos por causa da exportação de pé de obra, de fato, a Amarelinha perdeu espaço no coração da gente.

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