Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Jogos abertos na América Latina

Três disputas em que tudo pode acontecer para definir as finais continentais

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Na terça, na quarta e na quinta-feira. Semana divertida, esta, nos dias 3, 4 e 5, dos jogos de volta das semifinais das copas Sul-Americana e Libertadores, para tudo terminar nos sábados 28 de outubro e 4 de novembro, a primeira no Uruguai, a segunda no Maracanã.

Na terça, no Castelão do Fortaleza, que receberá, lotado, o Corinthians na situação de azarão depois de ficar no 1 a 1 em Itaquera.

Constatar o favoritismo cearense vai além de contabilizar o fator casa, porque o Tricolor do Pici é melhor que o alvinegro paulista, péssimo visitante.

Gil, à esquerda, tenta proteger a bola usando o corpo para impedir o avanço de Pedro
Gil, do Corinthians e Pedro Augusto, do Fortaleza, disputam bola durante a primeira partida das semifinais da Copa Sul-Americana, no Itaquerão, em São Paulo, no último dia 26 - Marcello Zambrana - 26.set.23/AFP

O que está longe de dar como favas contadas a classificação dos anfitriões para a finalíssima, marcada inicialmente para Maldonado, vizinha de Punta del Leste, mas que pode mudar para o lendário estádio Centenário, em Montevidéu, caso o Corinthians surpreenda.

Será o primeiro jogo de Mano Menezes no banco e dele é esperado o quase milagre, desde que Cássio e Renato Augusto estejam em noite abençoada.

Ao time do argentino Juan Vojvoda faltam estrelas de tamanho porte e sobra conjunto azeitado que sabe o que quer, jogue onde jogar, sejam os titulares, sejam os reservas. Como ficou fartamente demonstrado no empate contra o Grêmio, no mesmo dia em que os do Timão foram facilmente batidos pelo São Paulo, no Morumbi.

A chance corintiana está posta no de sempre: futebol é futebol e vice-versa, assim como mata-mata é mata-mata e vice-versa. Esqueçam, apenas, raras leitoras e raros leitores, o peso das camisas: o Fortaleza estará em campo altivo, de cabeça erguida, e o Corinthians com uma tonelada nas costas.

Na quarta, o palco sai do Nordeste para o Sul do Brasil.

No Beira-Rio igualmente tomado pela massa colorada, o Internacional recebe o Fluminense, outro time traumatizado pelos maus resultados fora do Rio, e depois do espetacular empate do Maracanã.

Assim mesmo será temerário apontar os gaúchos como favoritos, porque puderam se garantir no jogo de ida, quando o adversário ficou com jogador a menos ainda no primeiro tempo, e perderam a chance.

Além do mais há tantos jogadores dos dois lados capazes de decidir que só resta esperar por disputa tão admirável como a do primeiro jogo.

Será exagero dizer tratar-se do jogo mais importante da vida de Fernando Diniz até agora? Mais que este só o próximo, se sair vivo de Porto Alegre.

Finalmente, na quinta-feira, casa verde pequena para tanta gente, vem aí o Boca Juniors, agora sim, muito mais camisa do que time.

O favorito Palmeiras precisará se impor com o futebol de que é capaz e tem faltado, porque, como é sabido, os argentinos pouca bola dão para jogar em casa ou fora.

Aqui vale o histórico: o Boca é hexacampeão continental e o Palmeiras tri; já disputaram 11 jogos pela Libertadores com duas vitórias para cada lado e sete empates; em mata-matas, nas três vezes, os xeneizes se deram melhor —nas finais em 2000 e nas semifinais em 2001 e 2018.

Daí todo cuidado ser pouco, porque eles virão em busca de levar a decisão à marca dos pênaltis e confiam na habilidade de Sergio Romero para pegá-los.

Ele, 36 anos e 1,92 m, defendeu na carreira 30% das cobranças contra 15% de Weverton, 35 e 1,89 m, e pegou 10 dos últimos 19 pênaltis —4 de 7 no tempo normal e 6 de 12 em desempates.

João Ricardo pegou 19%, Cássio 22,5%, Rochet 18,5% e Fábio 16%.

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