Ouvir um som que nos acompanha e não se sabe de onde vem é sinal da presença de um impertinente zumbido que pode ficar mais incômodo em tempos de Covid-19.
Um estudo com 3.013 pessoas de 48 países mostra que o zumbido pré-existente piorou seus sintomas auditivos em 40% dos doentes portadores do novo coronavírus; permaneceu igual em 54% e melhorou em 6%.
Não há referência de que a virose tenha provocado o zumbido.
A pesquisa foi publicada na revista Frontiers in Public Health por Eldre W. Benkes e colaboradores da Universidade Anglia Ruskin, Cambridge, no Reino Unido.
A ausência de estudos sobre a prevalência do zumbido na população brasileira não afasta a estimativa de que o problema vem afetando milhares de brasileiros, segundo especialistas da área.
O zumbido é a percepção de um som sem uma fonte externa geradora.
O desconforto que provoca interfere no descanso e no sono, repercutindo negativamente na qualidade de vida de seus portadores.
Como Andressa Vital Rocha e colaboradores referem na Revista Brasileira de Otorrinolaringologia, a terapia sonora do zumbido consta da indicação de um gerador de som individual e orientação para evitar recidivas.
O pequeno dispositivo é acoplado no ouvido e ele produz um som ou música que encobre o zumbido, impedindo-o de continuar promovendo desconforto ao paciente.
Esse tratamento, segundo os autores, é também benéfico para pacientes com zumbido e perda auditiva significativa.
Essa perda progride lentamente e as pessoas nem sempre percebem que estão perdendo a acuidade auditiva. A maioria dos pacientes presta mais atenção ao zumbido diário do que à sua perda auditiva gradual.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.