Na divulgação de seus benefícios para população e esportistas em particular, os suplementos alimentares são oferecidos como produtos mágicos, que vão desde fortalecer as defesas imunológicas até regular a flora intestinal.
Sempre lembram também da sua importância para os esportistas. Esquecem que para os praticantes de esportes a melhor orientação é dos médicos especializados em atividade esportiva e dos nutricionistas.
Na área esportiva há sempre uma contraindicação desses suplementos: a possibilidade de ser uma fonte de doping não intencional.
Na revista Brazilian Journal of Food Technology, Bruno R. Brandão da Costa e colaboradores do Instituto de Química da UFRJ analisam esses produtos oferecidos rotineiramente à população. Explicam que o seu excessivo consumo, aliado a um controle ineficiente, faz com que a saúde do consumidor seja colocada em risco.
Compostos como esteroides anabolizantes e estimulantes podem estar dissolvidos nos produtos e aumentar o desempenho esportivo, mas podem também provocar efeitos adversos.
Os suplementos alimentares adotam a mesma apresentação dos remédios, mas não possuem ação medicamentosa e por isso são enquadrados na categoria de alimentos.
Com isso, ficam isentos de registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não precisam comprovar efeito fisiológico nutricional atribuído ao produto pelo fabricante. Há três anos, a Anvisa regulamentou os suplementos alimentares através da RDC 242/2018.
Entretanto, destacam os autores, exceto enzimas ou probióticos, uma gama muito grande de suplementos não possui obrigatoriedade da validação científica do efeito atribuído aos seus produtos.
Nos Estados Unidos, um dos maiores produtores e consumidores de suplementos alimentares, eles estão dispensados pela FDA (Food and Drug Administration) de registro. São os próprios fabricantes que garantem segurança e rotulagem correta nos produtos. Como eles também são oferecidos através da internet, melhor ficarmos com nossos produtos nacionais.
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