Julio Abramczyk

Médico, vencedor dos prêmios Esso (Informação Científica) e J. Reis de Divulgação Científica (CNPq).

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Descrição de chapéu Coronavírus

Os necessários cuidados no autoteste

Deve-se ter precaução com a força utilizada para fazer o exame em si mesmo

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Nesta semana, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou o uso de um segundo autoteste para Covid-19, registrado como Autoteste Covid Ag Detect.

O primeiro deste tipo de exame para ser empregado por leigos foi nomeado Novel Coronavirus Antígeno.

Possivelmente vários outros autotestes devem ser autorizados para competir com os atuais.

Cotonete sendo enfiado em nariz de pessoa
Homem fazendo teste de Covid - Ivan Alvarado - 10.fev.2022/Reuters

A Anvisa destaca que os autotestes devem ser usados unicamente como triagem rápida para pessoas com sintomas para interromper a transmissão do coronavírus. Os portadores com o teste positivo espontaneamente irão se isolar e evitar a disseminação da virose.

O autoteste não tem valor de documento oficial. Por isso o teste positivo necessita ser confirmado pelo exame RT-PCR em posto de saúde, hospital ou laboratório de análises.

Em todos os exames, PCR ou autoteste, são usados cotonetes (swabs) para detectar, se presentes, fragmentos de material genético do vírus.

Considerado seguro apesar de invasivo e desconfortável, o exame é realizado pelo esfregaço do cotonete para coletar secreções da região nasofaríngea.

Entretanto, raras situações indicam possibilidades de complicações, como relatam Anni Koskinem e colaboradores do Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital Universitário de Helsinki, Finlândia, no Jama Otolaryngology, Head and Neck.

Apesar da baixa ocorrência de complicações (1,24 por 100 mil exames), hastes quebradas tiveram de ser removidas por endoscopia nasal sob anestesia local.

Foram realizados 643.284 testes RT-PCR, com 8 casos de complicações: 4 sangramentos nasais, 4 hastes dos cotonetes quebradas, sendo os pacientes 7 do sexo feminino e 1 masculino.

As complicações envolveram emprego de técnica incorreta durante o exame: uso excessivo de força no swab ou direção inadequada para o esfregaço do cotonete.

Concluem os autores que força nunca deve ser empregada e que o cotonete deve ser direcionado ao longo do assoalho nasal, até encontrar resistência.

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