Maria Inês Dolci

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

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Descrição de chapéu Folhajus

Pesquise preços antes de se jogar na Black Friday da Copa

Quem pretende comprar smartphones, TVs de tela grande, roupas e livros deveria anotar agora os preços médios do mercado

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Começou a contagem regressiva para a Black Friday (25 de novembro). Milhões de brasileiros e de brasileiras irão às compras, ou melhor, as compras irão até eles, em um dispositivo móvel, laptop ou computador. Como sempre, há promessa de descontos robustos, mas quem pretende comprar smartphones, TVs de tela grande, roupas e livros deveria anotar agora os preços médios do mercado. Assim, saberá se as promoções valerão mesmo a pena.

A sexta das compras ocorrerá um dia após a estreia do Brasil na Copa do Mundo do Qatar. Então, é provável que consumidores comprem TVs maiores e mais avançadas para assistir aos próximos jogos.
Faça sua lista, mesmo que não tenha certeza de que abrirá a carteira. Dessa forma, se tiver vontade de comprar por impulso, já terá feito um ‘estudo’ sobre determinados produtos, principalmente aqueles com mais recursos tecnológicos.

Além de verificar se houve mesmo ofertas de preços –comparadas aos valores de agora–, também é fundamental definir exatamente o que queremos adquirir.

mulher de máscara em frente a balcão de telefones celulares
Movimentação na loja Magazine Luiza, no centro de São Paulo, durante a Black Friday em 2021. - Danilo Verpa/Folhapress

Explico: não se escolhe somente uma TV de tela grande, uma impressora, um smartphone, um fone de ouvido ou outras traquitanas eletrônicas. Há uma série de características e de funções que teremos de considerar. E tudo isso faz o preço aumentar. Portanto, pense bem se precisa mesmo de determinadas funcionalidades ou se um aparelho mais simples (e com menor preço) atende às suas necessidades.
Faça uma pesquisa e consulte conhecidos que tenham feito compras semelhantes.

Além disso, analise sua condição financeira. Não aconselho compras a quem já estiver endividado, como quase 80% das famílias brasileiras. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), este percentual, em setembro último, foi o maior da série histórica da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), iniciada em 2010, para famílias com renda de até dez salários mínimos.

O desejo de ter mais conforto e tecnologia é legítimo. Advertências como a que faço visam somente à proteção da renda dos consumidores, tão afetada por uma persistente inflação dos alimentos, que em setembro chegou a 9,54% nos primeiros nove meses do ano, a maior elevação do período em 28 anos.
Então, se tiver dinheiro disponível, sem dívidas e identificar ofertas verdadeiras (e do seu interesse) no dia 25 de novembro, boas compras!

Um alerta antes de concluir: mais barato não significa quase de graça ou por preço muito inferior ao mercado. Se aparecerem ofertas assim em sites desconhecidos, desconsidere. É bem possível que haja alguma pegadinha, ou que nem receba o produto.

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