Maria Inês Dolci

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

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Descrição de chapéu Folhajus

Dinheiro em espécie passa por seus últimos carnavais

Chegada do real digital será mais transformadora, mas demanda adaptação, tecnologia e informação

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O anúncio do futuro real digital, ou seja, da moeda virtual que o BC (Banco Central) pretende lançar entre 2024 e 2025, poderá fazer com que o dinheiro em espécie faça companhia ao cheque, que quase sumiu de nossas vidas. Não desaparecerá totalmente nos próximos anos, mas será muito menos utilizado.

Os desafios do meio de pagamento digital são acessibilidade a todos os consumidores, como aconteceu com o Pix, e segurança das transações.

Esse processo de virtualização das compras e de outras ações do dia a dia começou com as primeiras livrarias, lojas e agências bancárias na Internet. Aos poucos, os governos também foram digitalizando seus serviços, inclusive com uma plataforma bem ampla, a gov.br.

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Cédulas de real - Gabriel Cabral - 24.jan.2019/Folhapress

Hoje, por exemplo, já é relativamente comum o uso de documentos do veículo, carteira de motorista, CPF e carteirinha do plano de saúde em aplicativos no smartphone.

O Pix, transferência monetária instantânea e eletrônica, caiu no gosto dos brasileiros. Foi lançado em 2020. Movimentou R$ 10,9 trilhões em 2022, segundo o BC. Em dezembro último, havia 141,6 milhões de usuários cadastrados no país, com 550,8 milhões de chaves registradas.

Somado aos cartões de débito e crédito, o Pix tem feito com que milhões de correntistas saquem com menos frequência dinheiro nos terminais de autoatendimento, e para pagamentos de menor valor. Em aparelhos celulares com acesso à NFC (sigla em inglês para Comunicação por Campo de Proximidade), é possível pagar com cartões de crédito por aproximação do aparelho.

Impulsionado pelo distanciamento social da pandemia de coronavírus, o comércio eletrônico também cresceu muito, incorporando-se ao cotidiano dos brasileiros. Conforme levantamento da Octadesk, em parceria com Opinion Box, 61% dos consumidores compram mais pela Internet do que em lojas físicas.

A futura chegada da moeda virtual, portanto, será mais uma etapa na transformação digital das vidas de todos nós. Essa mudança também é cultural, obviamente, o que implica adaptação, alta tecnologia, bem como informação ampla e transparente. O BC tem testado a segurança desse novo formato de dinheiro para evitar fraudes.

A economia digital, portanto, vai predominar. Um dos principais requisitos para nossa segurança e manejo desses recursos virtuais, enfatizo, é a informação. Pesquise, leia e teste essas soluções antes de partir para novas formas de transações comerciais.

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