Mariliz Pereira Jorge

Jornalista e roteirista de TV.

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Mariliz Pereira Jorge

Hora de virar voto é agora

Petistas não querem perder o protagonismo da luta contra Bolsonaro

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A duas semanas da eleição, a hora de mudar o voto é agora. Mas a impressão é que o petista não está preocupado com o resultado do pleito, o petista quer ter razão, quer lavar a roupa suja com antigos críticos do partido.

Diferentemente de Lula, que deixou no passado suas diferenças políticas com Alckmin em nome de uma aliança democrática contra Bolsonaro, a militância, sempre que pode, se dedica a desencavar tuítes e vídeos para mostrar que nem todo mundo é limpinho o suficiente para estar no mesmo lado da trincheira.

Geraldo Alckmin e Lula durante campanha em São Paulo - Carla Carniel/Reuters

Não bastasse ser vítima da covardia bolsonarista, Vera Magalhães virou alvo de eleitores da esquerda que, quando deveriam estar ocupados em virar voto, resolveram cobrar o que eles consideram ser uma dívida dela como profissional. Eu tinha me esquecido que não são só bolsonaristas os que não admitem oposição ao seu político. Mas jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados. Obrigada, Millôr.

O petista não consegue ser solidário com quem não é da patota sem dizer que faz apenas um favor, deixando nas entrelinhas que a vítima merece o que tem sofrido, estimulando com textos cheios de verniz o desprezo a qualquer um que não tenha uma carteirinha do partido.

Alckmin já chamou Lula de ladrão, seu partido votou a favor do impeachment de Dilma. O ex-presidente tratou o agora vice da chapa como "picolé de chuchu", "insosso", "hipócrita", e comparou tucanos a nazistas. Foram inimigos durante décadas, na maior parte do tempo sem civilidade, mas viraram a página.

Alckmin tem sido poupado pela militância, mas o mesmo tratamento não é dado a outros por uma simples razão: o petista não se conforma em perder o protagonismo da luta contra Bolsonaro e se acha o rei das virtudes. Ainda trata eleitores que não decidiram seu voto como fascistas. Vai dar certinho. Na véspera da eleição é só chamar para tomar café com bolo.

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