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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Para chinesa CTG, privatização da Eletrobras não tem regras claras

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Ainda falta clareza ao processo de privatização da Eletrobras para que a CTG (China Three Gorges) se interesse pelo negócio, diz Li Yinsheng, presidente da subsidiária da empresa chinesa no Brasil.

“O governo fala da desestatização faz tempo, mas, até agora, não há plano concreto sobre como será o negócio.”

Embora se declare atento à oportunidade, Li afirma que a empresa prioriza no momento a consolidação dos investimentos já feitos no país.

Usina hidrelétrica de Ilha Solteira (SP), um dos ativos da empresa chinesa no Brasil - Prefeitura de Ilha Solteira - 15.ago.11/Divulgação

A CTG é dona da usina de Três Gargantas, na China, e é sócia da empresa de origem portuguesa EDP. No Brasil, tem 17 hidrelétricas.

A maior é a de Ilha Solteira, em São Paulo, que representa mais de 40% da capacidade instalada no Brasil.
É, no entanto, um ativo antigo, de 40 anos, que precisa ser modernizado, afirma Li.

Haverá um aporte de R$ 704 milhões para atualização da planta ainda no primeiro semestre deste ano. O investimento será, principalmente, em automação.

Essa usina e a de Jupiá, que fica na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, deverão receber recursos de R$ 3 bilhões nos próximos dez anos.

“Acumulamos uma capacidade instalada relevante, uma das maiores do país, e o próximo passo será melhorar a eficiência dos ativos”, diz Li.

A empresa também tem planos para iniciar novas operações. Ela estuda investir em geração solar. A ideia é começar, a partir do zero, uma usina dessa fonte de energia.

“A economia no Brasil é volátil. Agora o país começa a tomar fôlego, e nós devemos apostar em projetos que ainda não saíram do papel.”

8,27 GW
é a capacidade instalada; são 17 hidrelétricas e 11 eólicas

745
são os empregados no Brasil

 

Construção tem leve alta no custo e setor teme efeito do câmbio

A alta do dólar nas últimas semanas impactou despesas da construção civil e poderá ter um efeito mais significativo em maio, segundo o Sinduscon-SP (sindicato setorial).

O custo unitário básico no estado cresceu 0,22% em abril na comparação com março, segundo a entidade e a FGV (Fundação Getulio Vargas).

“O dissídio, que ocorre neste mês, já levará a uma aceleração [nos custos]. Isso se soma a alguns materiais que sofrem impacto do câmbio, como vidro e derivados de petróleo”, diz Eduardo Zaidan, vice-presidente do Sinduscon-SP.

“A alta [dos gastos] com mão de obra é natural. Será danosa se ela ocorrer junto com um aumento dos materiais”, afirma.

“A questão do câmbio é muito recente, ainda não houve um efeito mais generalizado. É algo a ser monitorado”, afirma José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da indústria da construção).

 

Preço das diárias de hotel volta a crescer após 3 anos de queda

Após sucessivas melhoras nas taxas de ocupação dos hotéis, o valor das diárias também voltou a subir no primeiro trimestre, segundo o Fohb (fórum que reúne grandes redes).

A variação de 0,4% na comparação com o mesmo trimestre de 2017 foi a primeira positiva desde 2015.
“O mercado iniciou a fase de recuperação, a questão agora é o ritmo dessa evolução”, diz Eduardo Giestas, diretor-executivo da Atlantica Hotels, que prevê 20 novos hotéis em 2018.

“Na crise, primeiro cai a ocupação e depois a diária média. Na retomada, é o contrário. O pior já passou e agora estamos voltando de preços que estavam em níveis de cinco a seis anos atrás”, afirma Abel Casto, vice-presidente da Accor.

O BHG teve alta de 22% na ocupação dos quartos, mas as diárias subiram menos que 4%, segundo Tomás Ramos, diretor do grupo. “Ainda optamos por segurar os valores para ter um fluxo maior de clientes e maiores tempos de estada.”

 

Passeios no vizinho

A cidade argentina de Bariloche estima receber nesta temporada de inverno 13,5% mais brasileiros que no ano passado, segundo estudo da Emprotur, empresa de promoção turística do município.

Se concretizado, o movimento verde e amarelo deverá gerar R$ 22 milhões ao município nesse período, contra cerca de R$ 15 milhões no ano passado.

Os brasileiros são o maior publico internacional do local. Representaram 13% do fluxo de viajantes ao local no inverno passado.

Somente para julho e agosto, são esperados 42 mil brasileiros. No ano passado foram 37 mil nesses meses.

“O crescimento é esperado principalmente pela alta do número de voos diretos a Bariloche na alta temporada”, afirma o diretor-executivo da Emprotur, Diego Piquín.

“Vamos inserir o português na sinalização do aeroporto para facilitar a comunicação”, diz.

A oferta de assentos ao destino durante o inverno está 12% maior que a de 2017. Haverá 12 voos semanais ao destino argentino saindo de São Paulo durante a estação.

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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