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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Idosos têm chance menor de ficarem desempregados, apontam economistas

Estudo, que usou dados do IBGE, mostra que jovens têm mais dificuldade de encontrar trabalho

Maria Cristina Frias

Quanto mais velho um trabalhador, menor a probabilidade de ficar desempregado, aponta um estudo de um consultor do Senado em parceria com outros dois economistas.

Os dados, dizem, corroboram com a necessidade de uma reforma da Previdência.

Desempregados procuram empregos no centro de São Paulo. - Danilo Verpa - 17.nov.17/Folhapress

Um dos argumentos contra a idade mínima é que a política prejudicaria pessoas mais velhas, pois elas, supostamente, enfrentariam mais dificuldade para se colocar profissionalmente, diz Gabriel Nemer, do Insper, um dos autores.

“Os resultados indicam o contrário: difícil é achar emprego quando se é jovem, e os idosos têm mais facilidade. Isso vai contra a noção de que as empresas não contratam pessoas mais velhas.”

O estudo usou dados do IBGE sobre desemprego e incorporou os desalentados —aqueles que poderiam estar em busca de uma vaga, mas desistiram por considerarem a tentativa infrutífera.

Outras variáveis, como informações sobre renda familiar e dados sobre benefícios sociais também foram levados em conta nas equações.

“Pessoas com mais idade são mais experientes e têm uma rede de contatos melhor”, afirma Pedro Nery, consultor legislativo do Senado, que também assina o estudo.

No caso de homens no mercado de trabalho, o ponto de menor desemprego é aos 50 anos —depois, a curva volta a crescer, segundo os autores.

Eles classificaram a piora dos números como marginal e pouco significativa.

 

Funcionário escudo

O Carrefour foi condenado na Justiça do Trabalho por ter usado um funcionário de um de seus postos de combustíveis como “escudo” para ocultar os verdadeiros responsáveis por um crime ambiental.

O espaço passava por reforma, mas seguia em operação. O empregado que recebeu os fiscais telefonou para o superior, que o instruiu a ir ao distrito policial. Ele foi considerado o autor do delito.

Posteriormente, no juizado especial, o Ministério Público firmou acordo, e o frentista pagou com cestas básicas.

Depois de se desligar da empresa, ele entrou com ação por danos morais. O desembargador Fernando Álvares Pinheiro lhe deu razão e fixou o valor da multa em R$ 80 mil.

O frentista foi “vítima de ardilosa armadilha da reclamada [Carrefour] que, ocultando os reais autores do delito, ainda se incumbiu de patrocinar advogado”, segundo Pinheiro. 

O Carrefour informou que está em tratativas para firmar acordo com o ex-funcionário.

 

Bolão executivo

Bernardo Vargas Gibsone,
presidente do Grupo ISA

Bernardo Vargas Gibsone presidente do Grupo ISA - Divulgação

Torcedor do Millonarios FC, de Bogotá, o colombiano Bernardo Vargas, presidente do Grupo ISA (de energia), diz acreditar que seu país terá na Copa desempenho melhor que o de 2014, quando foi eliminado nas quartas de final.

A Colômbia deverá vencer o Japão nesta terça (19) por 2 a 0 com gols de James Rodríguez e Falcao García, diz. Para ele, Alemanha, Bélgica, Brasil e França são favoritos ao título.

Ficha técnica
País: Colômbia
PIB: Cerca de R$ 1,22 tri*
Inflação em 2017: 4,09%
Desemprego abr.18: 9,5%
Principal exportação para o Brasil: Automóveis

Makoto Kinoshita,
presidente do Banco MUFG Brasil

Makoto Kinoshita, presidente do banco MUFG no Brasil - Divulgação

Makoto Kinoshita, à frente do banco japonês MUFG no Brasil, começou a gostar de futebol no início de sua carreira em um país rival, na Argentina, na década de 90.

A partida desta terça (19) contra a Colômbia será chave para o Japão sonhar com um avanço no Mundial, diz ele.

“Torço por um 0 a 0, será um bom início para nossas pretensões”, afirma Kinoshita, que prevê uma vitória sobre Senegal e um empate contra Polônia nos próximos jogos.

Ficha técnica
País:
 Japão
PIB: Cerca de R$ 18,5 tri*
Inflação em 2017: 0,5%
Desemprego em abr.18: 2,5%
Principal exportação para o Brasil: Autopeças
*em 2017, estimativa no câmbio atual

 

Além do alumínio

A Wyda, fabricante de embalagens de alumínio e utensílios domésticos descartáveis, vai investir R$ 35 milhões para ampliar a produção e a armazenagem em duas de suas fábricas, segundo o sócio-diretor Roberto Carvalho.

A empresa adquiriu dois terrenos próximos a suas plantas de Recife e Sorocaba (SP). Na primeira, deverá também produzir itens que hoje são comprados de fornecedores, como tubos de papelão usados nos rolos de papel alumínio.

O plano de expansão da companhia também prevê a aquisição de fabricantes de produtos que ocupam as mesmas gôndolas dos itens da Wyda em supermercados, como utensílios de plástico e talheres descartáveis, afirma Carvalho.

“Estamos em conversas com alvos e com bancos de investimento. Temos hoje um cheque em torno de R$ 100 milhões [para compras] para seguirmos sem depender de capital de terceiros.”

R$ 300 milhões
foi o faturamento da companhia em 2017

300
são os funcionários diretos 

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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