O balanço de trocas de energia com países vizinhos poderá se tornar mais desfavorável caso o consumo siga em alta e as chuvas não sejam volumosas nos próximos meses.
O saldo líquido do intercâmbio de energia com outras nações no ano passado foi negativo em 1.136 GWh, de acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema). O número representa aumento de 28% em relação a 2017.
O consumo em 2019 tende a crescer. O operador apontou dois recordes sucessivos de pico de uso: o primeiro na terça-feira (15), e o segundo na quarta-feira (16) —às 15h34, a demanda foi de 87.183 MW.
A máxima anterior havia sido registrada em 2014.
Os recordes geralmente estão associados aos aparelhos de ar condicionado no auge do verão, segundo Thais Prandini, diretora-executiva da consultoria Thymos.
“Há também uma retomada da carga em 2019, que cresceu em um ritmo muito lento nos últimos anos e, agora, está mais acelerada.”
A região Sudeste do país é onde houve a maior frustração com o volume de chuvas, segundo Walfrido Avila, presidente da Tradener, comercializadora que compra energia do Uruguai.
“Se a afluência não melhorar, haverá mais importação, mas se o regime de águas voltar ao normal, não.”
A curto prazo, outro efeito da combinação de volume de chuvas menor e aumento do consumo deverá ser o acionamento de usinas térmicas (opção mais cara), de acordo com Sandro Saggiorato, gerente de risco da Electra Energy.
“A médio prazo, a oferta de geração deve aumentar proporcionalmente à carga.”
Convidado... Empresários e executivos que costuma frequentar o Fórum Econômico Mundial, em Davos, para onde o presidente Jair Bolsonaro viaja no domingo (20), estranharam a longa permanência do mandatário na cidade.
... sem pressa Desta vez, a comitiva brasileira —a maior dos últimos anos— ficará durante os quatro dias do evento. Dispensou apenas o seu encerramento no dia 25.
Partiu Enquanto presidentes, Dilma Rousseff e Michel Temer passaram só o dia em Davos. Chefes de Estado da estatura de Donald Trump e Emmanuel Macron, em geral, dormem no máximo uma noite nos Alpes. Os dois, aliás, nem irão neste ano.
Nome na praça
O número de pessoas que estão com nome sujo no Boa Vista SPC ficou estável no ano passado.
O indicador de recuperação de crédito, um balanço entre a quantidade de pessoas cujos nomes foram negativados e as que saíram dessa lista, variou 0,1% para baixo em 2018.
“A redução é muito marginal no período, assim como a queda da inadimplência”, afirma Flávio Calife, economista da instituição.
As taxas de juros e a inflação caíram, mas a capacidade de as famílias quitarem suas dívidas está mais relacionada aos indicadores de emprego e renda que ao custo da dívida, segundo Calife.
“A tendência é que em 2019 a variável melhore mais que nos dois últimos anos.”
O comportamento dos consumidores não foi homogêneo pelo país. O indicador teve uma melhora de 7,3% na região Sul, e uma piora de 3,5% no Norte, por exemplo.
Insistência mineira
A incorporadora de condomínios logísticos Fulwood vai investir R$ 300 milhões na construção de um empreendimento de 141,1 mil m² em Extrema (MG), próximo à divisa com São Paulo.
Parte dos recursos foi captada com a venda recente de dois galpões localizados no mesmo município, de acordo com Gilson Schilis, presidente da companhia.
“O terreno estava no nosso estoque há quatro anos, e fizemos pelo menos 40 revisões de projeto nesse período. Pretendemos gastar seis meses com terraplanagem e entregar a primeira fase, de 42,2 mil m², até dezembro.”
A estimativa é de um aporte de pelo menos R$ 80 milhões somente na primeira etapa do projeto.
“Estamos em quatro concorrências que, somadas, geram uma demanda de 130 mil m². Certamente não fecharemos todos esses negócios, mas só essas em andamento hoje já superam a área a ser construída.”
9
são os galpões em operação
420 mil m²
é a área bruta locável total aproximada hoje
Em busca das enzimas
A farmacêutica Aché e o centro oncológico A.C. Camargo firmaram uma parceria para desenvolver novas moléculas de tratamento contra câncer.
O objetivo é identificar enzimas ligadas a multiplicação de tumores e seus inibidores.
O hospital fornecerá dados do seu banco de biópsias e poderá ceder pacientes para pesquisa clínica, o que eleva a chance de acerto na busca por novas drogas, segundo Vilma Martins, do A.C. Camargo.
O prazo para as drogas chegarem ao mercado, porém, é longo: pode levar 12 anos, diz Stephani Saverio, diretor de inovação da Aché.
No meio do corredor
A rede de restaurantes Paris 6 desistiu de expandir suas operações por meio de lojas próprias e vai franquear pelo país um formato de quiosque de shopping center.
“Abrimos em Goiânia, Salvador e São José dos Campos (SP) no ano passado, mas não Curitiba, que estava nos planos.
Ainda assim, crescemos 20% em receita”, diz o dono, Isaac Azar. Hoje, são 15 locais.
“Inauguramos esse formato neste ano em Balneário Camboriú (SC), e a projeção é ter 20 franquias até dezembro. O tíquete médio é de R$ 24,50, contra R$ 80 das unidades convencionais”, afirma.
A marca vai inaugurar, ainda, quatro franquias do bistrô tradicional.
Filantropia A Fundação Salvador Arena aportará R$ 9,5 milhões em projetos de assistência social, educação e saúde promovidos por organizações não governamentais no estado de São Paulo neste ano.
Perda de dados Os riscos cibernéticos são apontados pelas empresas brasileiras e analistas de mercado como o maior obstáculo aos negócios no país, segundo a Allianz Global Corporate & Speciality. Foram citados por 43% dos ouvidos.
Hora do café
com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas
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