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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Governo acerta fim de subsídio rural na luz, mas mantém acúmulo de benefícios

Cálculo é que, somadas subvenção rural e incentivo à irrigação custe R$ 3,9 bilhões por ano

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São Paulo

A bancada ruralista deverá aceitar o fim do subsídio na conta de luz do consumidor do campo em cinco anos, desde que se possa manter outros benefícios enquanto isso, de acordo com uma pessoa que acompanha as negociações.

No fim de 2018, o presidente Michel Temer publicou um decreto que determinava uma redução progressiva de descontos na energia.

Colheita de soja em Canarana (MT)
Regra inicialmente previa redução de 20% ao ano nos subsídios até que fosse extinto - Mauro Zafalon - 4.abr.17/Folhapress

Pela regra, o subsídio rural ia diminuir 20% ao ano, até acabar. Além disso, os clientes não poderiam ter dois descontos —um por serem do campo, outro por usar a energia na irrigação.

Há uma tentativa no Congresso de derrubar o decreto de Michel Temer por meio de um projeto de lei.

O texto chegou a tramitar com urgência na Câmara dos Deputados, mas o presidente Rodrigo Maia (DEM-RJ) retirou essa condição do projeto.

Setores do governo interessados em terminar com o subsídio chegaram a um entendimento com representantes dos ruralistas para manter o fim progressivo, desde que não se acabe com o desconto cumulativo para a rega.

O cálculo é que a subvenção aos clientes rurais custa cerca de R$ 3 bilhões por ano, enquanto o incentivo à aquicultura sai por R$ 900 milhões.

Ainda não está decidida a forma pela qual se dará esse acordo, mas provavelmente será um novo projeto de lei.

A conta total de subvenções em 2018, que inclui outros tipos de benefícios, chegou a R$ 20 bilhões. Em 2019, o orçamento é de R$ 20,2 bilhões.

 

Hotéis latinos

A rede hoteleira Nóbile vai acelerar sua expansão na América do Sul neste ano. Serão cinco novas operações internacionais até dezembro.

A primeira e até agora única unidade da marca fora do Brasil entrou em funcionamento em abril de 2018, em Ciudad del Este, no Paraguai.

“A internacionalização se dará em dois modelos: o de conversão de bandeiras de empreendimentos existentes e o de novas operações, que demanda maior volume de investimento”, diz o presidente, Roberto Bertino.

A companhia vai inaugurar dois hotéis em Santiago até maio, um em cada modalidade. O empreendimento novo receberá aporte de US$ 10 milhões (R$ 37,5 milhões no câmbio atual), feito por parceiros.

Uma quarta unidade será aberta em Lima e demandará cerca de US$ 8 milhões (R$ 30 milhões). Montevidéu e Buenos Aires também terão hotéis administrados pela rede.

 

Aprender na prática

O número de oportunidades de trabalho abertas para jovens cresceu 11,9% em 2018, segundo o CIEE (Centro Integração Empresa-Escola).

Foram cerca de 382,9 mil novas vagas e 319,6 mil trabalhadores empregados pela primeira vez nessas duas modalidades.

O número de contratos assinados aumentou 7,2%.

“Houve uma melhora das perspectivas econômicas, com algumas empresas que começaram a retomar investimentos no ano passado, ainda de maneira tímida”, diz Marcelo Gallo, superintendente da entidade.

“Nossa projeção é de um aumento de 13% a 14% na quantidade de vagas e de 10% em relação ao volume de contratos fechados”, diz ele.

As mulheres foram maioria nas contratações no ano passado. No programa de jovem aprendiz, 52,4% eram do sexo feminino. Nos estágios, o percentual foi ainda maior, de 64,9%.

 

Viagem a trabalho

O setor de turismo corporativo projeta um ritmo acelerado de crescimento nas vendas em 2019, segundo entidades ligadas ao segmento.

Cerca de 50% das empresas deverão aumentar seus orçamentos na área, enquanto 18% pretendem manter o ritmo de gastos, segundo a Alagev (associação dos gestores de viagens e eventos).

“O ano passado foi bom, apesar da greve dos caminhoneiros, da Copa e das eleições, que postergaram feiras e investimentos”, diz Eduardo Murad, diretor-executivo da entidade.

“Crescemos perto de 9% em 2018, principalmente devido ao resultado do segundo semestre. Neste ano, temos visto alta próxima dos 15%, e em meses que tradicionalmente são mais fracos”, diz Edmilson Romão, da Abav-SP (das agências).

“A venda de bilhetes aéreos corporativos subiu 8,7%, com boa perspectiva para 2019, apesar do dólar alto”, diz Gervasio Tanabe, da Abracorp (de agências corporativas).

 

O meu destino é querer mais

A maioria (65%) das pequenas e micro indústrias do estado de São Paulo diz acreditar que seus negócios vão melhorar em 2019, e uma fatia ainda maior (78%) aposta em crescimento econômico.

Os dados são do Simpi (sindicato do segmento).

São os melhores resultados já registrados pela pesquisa, que começou a ser realizada no ano de 2013.

Os industriais apontaram os principais problemas no ano passado: em primeiro, vendas baixas e, em segundo, falta de acesso a crédito.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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