Mônica Bergamo

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Descrição de chapéu Coronavírus

Hidroxicloroquina deve ser testada em pacientes de 70 hospitais do país

Projeto Coalizão Covid-19 é liderado por HCor, Einstein, Sirio Libanês e rede de UTIs

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Os hospitais Albert Einstein, HCor e Sírio Libanês formaram uma coalizão para iniciar testes com medicamentos que podem aliviar os sintomas e ajudar na recuperação da Covid-19, causada pelo coronavírus.

Os experimentos, com hidroxicloroquina, azitromicina e o corticóide dexametazona, serão feitos em 1.356 pacientes de 70 hospitais do país. A Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet) também participará dos esforços.

O projeto se chama Coalizão Covid-19.

A ideia é que os testes comecem imediatamente. A coalizão espera apenas, para isso, que a Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa) e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovem os protocolos.

O médico Alexandre Biasi, do HCor, afirma que as propostas de pesquisa estavam começando a ser feitas de forma dispersa, e que no fim de semana os hospitais decidiram unir esforços, inclusive para que a amostragem seja mais ampla. Segundo ele, a iniciativa tem apoio do Ministério da Saúde.

Biasi revela que os medicamentos serão ministrados a três grupos de pacientes: os que têm sintomas leves, os pacientes com problemas mais graves e os que estão internados em UTIs com ventilação mecânica.

Do primeiro grupo farão parte 630 pacientes.

Eles serão divididos entre os que receberão apenas hidroxicloroquina, os que receberão hidroxicloroquina com azitromicina, que pode potencializar os efeitos do primeiro medicamento, e os que nada receberão, fazendo parte do grupo de controle dos dois primeiros.

A escolha de quem receberá qual tratamento será feita por sorteio, para que seja aleatória e as reações de cada grupo possam ser comparadas. Os pacientes devem aceitar participar dos experimentos.

Do segundo grupo, os que têm sintomas graves, mas estão fora da UTI, farão parte 436 doentes.

Todos receberão hidroxicloroquina, mas a metade deles tomará também azitromicina.

No terceiro grupo estarão 230 pacientes internados em UTI com ventilação mecânica_a metade deles receberá o corticóide dexametazona.

Os médicos vão então observar se o medicamento auxilia na recuperação e também se tem efeitos colaterais.

"Vamos verificar se ele diminui o tempo em que a pessoa precisa de ventilação, e em quanto tempo começa a se recuperar", diz Biasi.

A pesquisa deve demorar de dois a três meses para ser finalizada. Mas, se algum dos medicamentos se mostrar seguramente eficiente em um prazo menor de tempo, ela será interrompida e sua indicação, aprovada pelos hospitais.

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