Deputados paulistas do PSL vão protocolar na quarta (22), na Assembleia Legislativa de SP, um pedido de impeachment contra o governador de SP, João Doria (PSDB).
O documento elenca 19 pontos em que os parlamentares alegam ter havido "ilegalidades, imoralidades e condutas pouco republicanas", acusando o tucano da prática de "crimes de responsabilidade".
A ação foi elaborada pelos deputados Gil Diniz, Douglas Garcia, Major Mecca, Frederico D'Ávila e Valéria Bolsonaro.
Entre os motivos apontados pelo texto estão "a utilização indevida e ilegal de bem público em desfavor da população", referindo-se ao episódio no qual Doria pediu a transferência de um helicóptero da Polícia Militar para uso do Palácio dos Bandeirantes, mas desistiu após questionamento.
O pedido de impedimento também cita o monitoramento da população do estado de SP por meio de parceria com empresas de telefonia --o governo está usando esses dados para acompanhar a adesão ao isolamento social pedido pelo Executivo municipal.
O texto ainda aponta a "montagem de hospital temporário de campanha com valor abusivo e desarrazoado", referindo-se aos leitos de campanha erguidos no complexo esportivo Constâncio Vaz Guimarães por R$ 42 milhões.
A assessoria de imprensa do governador João Doria afirma que "ele está dedicado a combater a pandemia do coronavírus que já matou 1.093 pessoas no estado".
"O entendimento é que não há espaço para picuinha partidária. Este momento de crise exige propostas eficientes e foco de todos os envolvidos para reduzir o número de mortos", segue a nota.
No começo deste mês, o senador Major Olímpio (PSL) também protocolou um pedido de impeachment contra Doria.
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