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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Interferência de Bolsonaro na PF é 'tipicamente ditatorial', diz Carlos Vereza

No começo do mês, o ator retirou publicamente o seu apoio ao presidente

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O ator Carlos Vereza afirmou que a atitude do presidente Jair Bolsonaro de querer acesso a informações e relatórios confidenciais de inteligência da Polícia Federal é "tipicamente ditatorial".

"O que o Bolsonaro quer é alguém que seja servil a ele, que fique passando informações, algo tipicamente ditatorial, né? Uma Polícia Federal tem que ter independência, ela é uma instituição do Estado e não de governos que são transitórios. Imagina uma Polícia Federal que fica informando ao Bolsonaro as suas atividades, a quem está investigando. Essa atitude do Bolsonaro é tipicamente ditatorial", disse Vereza.

Carlos Vereza, em coquetel da TV Escola, na Cinemateca Brasileira - Mathilde Missioneiro/Folhapress

O ator conversou com a coluna na manhã desta sexta-feira (24) e comentou sobre o pronunciamento do agora ex-ministro Sergio Moro.

"Olha, pela lógica agora quem tem que se manifestar é o STF [Supremo Tribunal Federal]. Ele cometeu crime de responsabilidade. Inventou primeiro que o Valeixo queria sair, mentira. Segundo, que [a exoneração] teria assinatura do Moro. Veja você, isso é gravíssimo. O Moro acabou de negar isso agora em entrevista coletiva", disse.

"Ele provavelmente vai nomear alguém da Polícia Federal que vai ficar à serviço dele, presidente da República. Isso é inacreditável. Só em ditaduras que ocorre isso", segue.

Vereza afirma que "há muito tempo" se arrependeu de ter votado em Bolsonaro. No começo do mês, publicou em suas redes sociais que estava retirando o seu apoio ao presidente por causa da oposição que o presidente estava fazendo ao então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, em seus esforços para conter a pandemia do coronavírus no país.​

"As pessoas estão morrendo. Ele não se preocupa com a vida das pessoas. A preocupação dele é livrar os filhos e o projeto eleitoral dele para 2022. Estou falando isso com muita calma, não sou incendiário. Mas tenho esse direito, porque votei nele e apoiei ele publicamente. A minha indignação está na razão direta ao apoio público que eu prestei a ele", afirmou.

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