O Ministério Público de SP já discute a necessidade de recomendar ou apoiar ação da Prefeitura de São Paulo caso ela tenha que decretar o lockdown, com restrições severas de circulação na cidade.
CHAVE 2
Na quarta (13), procuradores fizeram uma reunião virtual com o prefeito Bruno Covas (PSDB-SP) e com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, para a abertura de um diálogo sobre o tema e a busca de informações sobre a crise do coronavírus na cidade.
DIFÍCIL
Covas falou sobre a dificuldade de São Paulo entrar sozinho em lockdown, sem que todos os municípios da Grande São Paulo façam o mesmo —o que demandaria o apoio do governo do estado.
NA COLA
Ele citou também a dificuldade de fiscalizar a população.
CENÁRIO
Sem isso, e com os moradores das cidades vizinhas circulando na capital, a medida radical não teria os resultados aguardados, de contenção da disseminação do vírus.
LOTAÇÃO MÁXIMA
O secretário Edson Aparecido apresentou números dramáticos: segundo ele, se a disseminação do vírus seguir na mesma velocidade, em duas semanas o sistema hospitalar pode ficar perto do colapso.
MÁXIMA 2
A média diária de casos suspeitos de Covid-19 saltou de 812 em março para 3,7 mil nesta semana.
MÁXIMA 3
Mesmo com a ampliação de leitos públicos de UTI no município, de 507 antes da pandemia para 2 mil até o fim de maio, eles podem ser insuficientes para o total de pacientes em estado grave que precisarão de atendimento.
CONSELHO
Participaram também da reunião com Covas médicos e especialistas em saúde pública que integram um grupo de aconselhamento do MPSP, como os professores Giovanni Cerri, Mario Scheffer, Caio Rosenthal, Roberto Kalil Filho, Ester Sabino e Gonzalo Vecina.
CONSELHO 2
Não há consenso no grupo do MP sobre a necessidade de um lockdown na cidade, pela complexidade e pelo impacto da medida na vida da população.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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