A decisão de Jair Bolsonaro (sem partido) de demitir o general Fernando Azevedo e Silva da Defesa é creditada também a críticas feitas a ele pelos generais palacianos que teriam envenenado o presidente —que já estava insatisfeito com a pasta.
VERDE
O veneno, segundo ministros do próprio governo, teria sido destilado pelos generais Walter Braga Netto, que acabou substituindo Azevedo e Silva, e Luiz Eduardo Ramos, que foi para o lugar de Braga Netto na Casa Civil.
PORTEIRA
Os dois divergiriam de Azevedo e Silva em relação à entrada de militares no governo. Enquanto o ex-ministro da Defesa defendia que militares ocupassem apenas cargos nas Forças Armadas e no GSI (Gabinete de Segurança Institucional), os dois palacianos defendem ainda mais fardados no governo. Segundo um ministro, eles não podem ver um cargo vago que já indicam um militar para ocupar.
PORTEIRA 2
O cargo mais vistoso já ocupado por um militar da ativa no governo Bolsonaro foi o Ministério da Saúde, comandado até o mês passado pelo general Eduardo Pazuello. A gestão dele, marcada pelo estouro da epidemia do novo coronavírus no Brasil, trouxe desgaste às Forças Armadas.
PORTEIRA 3
Bolsonaro também multiplicou por dez o número de fardados no comando de estatais. Eram apenas 9 no fim do governo de Michel Temer. Agora, são 92. O cargo mais vistoso é o de Joaquim Silva e Luna. General da reserva, ele preside a Petrobras.
QUARENTENA
com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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