Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Doria diz que bolsonaristas podem sair às ruas armados e pede que governadores reajam pela democracia

Tucano participa de reunião de 24 governadores que discutem ameaças autoritárias do presidente Jair Bolsonaro

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), disse a governadores nesta segunda (23) que militantes do "movimento bolsonarista" estão sendo estimulados a sair "armados" às ruas no dia 7 de setembro para protestar contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e a favor do presidente Jair Bolsonaro.

Segundo ele, o momento é "gravíssimo".

Doria participa nesta manhã do encontro virtual de 24 governadores pela defesa da democracia.

Em sua fala, ele lembrou que acaba demitir um comandante da Polícia Militar que tinha sob suas ordens 5 mil soldados e que estava convocando as pessoas para engrossarem os atos a favor do presidente. O policial atacou o STF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e chegou a chamar Doria de "cepa indiana".

A contaminação das PMs pelo bolsonarismo é um dos fenômenos mais temidos pelos governadores, que temem desordens, indisciplina e motins ilegais dentro da corporação.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, endossou as afirmações de Doria e afirmou que os governadores precisam manter as polícias dentro da legalidade.

Ele defendeu que os governadores façam um chamado público ao presidente Jair Bolsonaro, convidando-o para uma reunião.

Em sua fala, Doria conclamou colegas a assinarem um manifesto a favor das "liberdades" e contra o autoritarismo.

"Se já não bastassem as ameaças cada vez mais crescentes à democracia nas últimas semanas, teremos nesse mês de setembro manifestações, não apenas exercendo direito de se manifestar contra ou a favor. Mas manifestações ruidosas, para colocar em risco a democracia. Caminhoneiros estão sendo organizados por milícias bolsonaristas para fechar estradas. Há estímulo pelas redes sociais para que militantes do movimento bolsonarista utilizem armas e saiam às ruas armados. Isso não é defender a democracia. Não é defender o diálogo. Isso é desrespeitar o país. É desrespeitar a vida. Quero enfatizar que nós estamos diante de um momento gravíssimo da vida nacional. Não é o momento de nós silenciarmos", afirmou ele aos colegas.

Doria afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro "flerta com o autoritarismo permanentemente. E muitos de seus ministros endossam isso. Isso afronta os princípios da liberdade, os princípios das instituições, os princípios da democracia e daquilo que nós defendemos. Eu sei que vocês também defendem. E cabe a nós, sim, como seres políticos, nós fomos eleitos pelo voto popular, temos obrigação de nos manifestar, defendendo a liberdade, defendendo a democracia do nosso país".

De todos os governadores, apenas o de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva, sinalizou que não assinará o documento.

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