O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) entrou na Justiça pedindo explicação de João Doria (PSDB-SP) sobre a acusação de que seria o responsável por divulgar nas redes sociais o vídeo de uma suposta orgia envolvendo o tucano.
As imagens circularam em outubro de 2018, a dois dias das eleições em que os dois concorriam ao governo de São Paulo. Na época, Doria negou a autenticidade do vídeo e acusou o adversário político pela divulgação do conteúdo. França nega a acusação.
"O presente pedido de explicações está fundado na provável existência de crimes contra a honra, nas espécies de calúnia, difamação e injúria", diz o texto enviado à Justiça.
O advogado de França diz que pretende ouvir, como testemunhas, as mulheres que aparecem no vídeo "para que elas ajudem a desvendar quem estava na cena, qual era o local e quando isso aconteceu".
Em entrevista ao podcast Inteligência LTDA, em julho deste ano, o tucano voltou a atribuir a França o disparo do conteúdo. "E foi o tal do Marcio Cuba, esse Márcio França. Esse é um desqualificado completo", disse Doria, que é casado com Bia Doria e tem três filhos.
"E tem um vereador, um outro, desculpa, um idiota que é amigo dele que fez essa maldade. Nós provamos inclusive com especialistas que aquilo era uma produção, era fake", seguiu.
"É inacreditável que o Doria queira relembrar um assunto que foi tão delicado para ele próprio no passado. Pior é mentir de novo ao imputar a mim a divulgação daquele vídeo", declarou França, em nota. "Chega a ser extremamente leviano porque me é atribuído crime eleitoral, por isso ele vai responder judicialmente. Será bom porque a verdade aparecerá finalmente."
Nota divulgada por França ainda afirma que "na medida em que fez tal acusação leviana, Doria terá que explicar de onde partiu o vídeo em que supostamente ele aparece naquelas condições e o porquê da acusação infundada."
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