Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Coronavírus África

Laboratórios brasileiros fazem reunião de emergência para discutir chegada de nova variante

Cientistas vão debater formas de identificar rapidamente no país nova linhagem de coronavírus que gera tensão no mundo

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Os laboratórios brasileiros de referência em vírus respiratórios vão fazer reunião de emergência com o Ministério da Saúde nesta sexta (26) para discutir formas de identificar a nova variante de coronavírus que já causa tensão no mundo todo.

A mobilização começou a ser organizada ainda nesta madrugada, diante de informações alarmantes divulgadas pela OMS (Organização Mundial de Saúde) sobre a nova linhagem do vírus.

Na terça (23), cientistas começaram a chamar a atenção para uma variante, a B.1.1.529, identificada na África do Sul com um grande número de mutações, algumas descritas como "terríveis", na proteína S (de spike, ou espícula), usada pelo Sars-Cov-2 para entrar nas células humanas.

Vão participar da reunião a Fiocruz, o Instituto Adolfo Lutz e o Laboratório Evandro Chagas.

Eles fazem os testes e sequenciamentos para identificar as variantes do coronavírus presentes no Brasil —atualmente, a Delta é predominante.

Na reunião, os cientistas vão discutir as formas de abordagem para tentar identificar rapidamente a eventual presença da nova linhagem de coronavírus no Brasil.

A ideia é que seja adotada uma abordagem única.

Os laboratórios podem adotar a estratégia, por exemplo, de fazer testes em passageiros que chegam ao Brasil de países onde a variante já está presente, ou de fazer amostragens aleatórias na população.
A tensão é grande em órgãos responsáveis pela política de saúde no país.

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sugeriu nesta sexta-feira (26) limitar a entrada no Brasil de quem esteve, nos últimos 14 dias, em seis países africanos: África do Sul, Botsuana, Suazilândia (Eswatini), Lesoto, Namíbia e Zimbábue.

A ideia é evitar que se espalhe no Brasil uma nova variante da Covid-19 potencialmente mais transmissível, a B.1.1.529.

Os ministérios da Casa Civil, Justiça e Saúde vão decidir se acatam ou não as sugestões da Anvisa de controle sanitário de fronteiras. Como revelou a Folha, o governo ignora desde o último dia 12 a sugestão da agência de adotar o "passaporte da vacina" para entrada por terra ou em voos internacionais no Brasil.

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