Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Folhajus

Advogado vê 'excessos evidentes' em operação contra Márcio França

Coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho diz que objetivos políticos continuam 'guiando atuação' de agentes de estado

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O advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, saiu em defesa do ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) depois da operação policial que ele sofreu nesta quarta-feira (5).

"Não há contemporaneidade que justifique as medidas midiáticas de busca e apreensão. Ao que parece, os objetivos políticos e eleitorais continuam guiando a atuação de alguns agentes de estado. O que é grave e precisa ser denunciado", afirmou o advogado.

Ele disse ainda a operação possui "excessos evidentes". E que "todas as investigações são bem-vindas, mas desde que submetidas aos comandos da lei".

O ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB) - Bruno Santos - 8.dez.2020/Folhapress

A Polícia Civil de São Paulo cumpriu na manhã desta quarta uma série de mandados judiciais de busca e apreensão em endereços ligados a França em uma investigação que apura um suposto esquema criminoso de desvio de recursos da área da saúde .

O irmão do ex-governador, o médico Cláudio França, é outro alvo da operação, que está sendo desencadeada em ao menos 30 locais da capital, litoral e interior em endereços da família e, também, de ex-funcionários de organizações sociais, empresários e médicos.

A investigação apura peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

As investigações que colocam o ex-governador sob suspeita de participação em uma organização criminosa são um desdobramento da operação Raio-X, desencadeada em setembro de 2020.

OUTRO LADO

O ex-governador Márcio França (PSB) classificou como política a operação policial em endereços ligados a ele nesta quarta-feira (5) e insinuou que é uma tentativa de prejudicá-lo na eleição para governador.

"É lamentável que se comece uma eleição para o Governo de São Paulo com estas cenas de abuso de poder político", afirmou. "Já venho há tempos alertando que um grupo criminoso em SP tenta me impedir de expressar a verdade. Sabem que não compactuo com eles, que querem tomar conta do Estado de São Paulo. Se depender de mim, não vão conseguir."

Ele disse que não tem relação com a área médica nem com as pessoas alvo da investigação.

"Só deixarei de ser governador de SP se o povo paulista não quiser.Não tenho medo de ameaças ou de chantagem. Em 40 anos de vida pública, já fui muitas vezes difamado e injustiçado, nunca condenado."

A Folha tenta contato com a defesa do irmão de França.

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