Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo
Descrição de chapéu Eleições 2022 Folhajus

Caso contra Moro no TCU pode avançar sobre gastos de empreiteiras com consultorias

Medida é estudada no processo que analisa relação do ex-juiz com a Alvarez & Marsal

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Um dos próximos passos estudados no TCU (Tribunal de Contas da União) no processo que mira os ganhos do ex-juiz Sergio Moro no setor privado é determinar que empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato informem seus gastos com consultorias desde 2013.

O ex-juiz e pré-candidato à Presidência Sergio Moro (Podemos) - Theo Marques - 10.dez.2021/UOL

TABELA

A medida, avaliada pelo Ministério Público de Contas junto ao TCU, permitiria saber quanto a Alvarez & Marsal —para a qual o ex-magistrado e presidenciável do Podemos trabalhou— recebeu de empresas como Odebrecht, Galvão Engenharia e OAS. O desgaste para Moro se ampliou com a possibilidade de uma CPI na Câmara dos Deputados sobre a questão.

TABELA 2

A A&M já enviou à corte, no processo que tem o ministro Bruno Dantas como relator, documentos mostrando que 75% dos honorários que recebe no Brasil são provenientes de empresas investigadas pela Lava Jato, mas os valores são referentes às taxas dos processos de recuperação judicial. O montante nos últimos anos é de quase R$ 42,5 milhões.

PAREDE

Moro e a A&M têm dito que o contrato do ex-juiz previa atuação como consultor e impedia a participação dele em casos ligados à Lava Jato. A suspeita, rebatida por ele, é a de que foi beneficiado indiretamente por recursos de empresas que teria ajudado a fragilizar com as apurações da força-tarefa.

PAPO RETO

Para a área técnica do tribunal, companhias que fecharam acordo de leniência têm a obrigação de acatar uma ordem para informarem os números porque se comprometeram a colaborar nas investigações. O TCU já tem precedentes de pessoas jurídicas que tiveram que revelar contas.

PRATOS LIMPOS

Tanto Moro quanto a empresa negam conflito de interesses na passagem dele pela consultoria. A A&M divulgou nota afirmando que tem contribuído com o TCU e repassado todos os esclarecimentos solicitados.

O ex-juiz afirma que prestará contas de sua remuneração na declaração de renda à Receita Federal e no registro da candidatura na Justiça Eleitoral. Diz ainda não ter nada a esconder.

Em entrevista ao Flow Podcast, na segunda-feira (24), o pré-candidato à Presidência afirmou que a tentativa de investigar sua atuação no setor privado é uma maluquice e se disse vítima de perseguição.

MAIS UM

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) entrou nesta terça-feira (25) com uma representação no Ministério Público Federal para que o ex-juiz seja investigado por seu trabalho na firma.

A entidade requer a "averiguação da natureza do trabalho desenvolvido por Sergio Moro na contratação, e a relação dele com as empresas assessoradas na consultoria, a fim de verificar possível cometimento de ilícitos de caráter penal e uso da operação Lava Jato, que conduziu como juiz, para se favorecer"


NO OUVIDO

A cantora Agnes Nunes - Lucas Nogueira/Divulgação

A cantora Agnes Nunes lança na sexta (28) seu primeiro álbum de estúdio, "Menina Mulher", com dez faixas. "Tenho 19 anos e tenho vivenciado muitas coisas que me fizeram e estão me fazendo amadurecer muito. Fiz esse álbum baseado nessa evolução, nesse amadure-cimento na forma de olhar o mundo", diz Agnes, que já se apresentou com Elza Soares. O disco sai pelo selo Bagua Records e tem produção musical de Neobeats e Alexandre Kassin.

JOELMIR TAVARES (interino), com LÍGIA MESQUITA, BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH ​ ​

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.