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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Mãe e viúvo de Paulo Gustavo criticam veto de Bolsonaro à lei que leva nome do ator: 'Que mico, hein'

'Que tristeza ver nosso país tão desarticulado politicamente', lamenta Thales Bretas

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O médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, criticou o veto do presidente Jair Bolsonaro à lei que leva o nome do humorista e que destinaria R$ 3,86 bilhões de dinheiro federal para estados e municípios ajudarem o setor cultural a se recuperar dos impactos da crise causada pela pandemia da Covid-19.

Paulo Gustavo e Thales Bretas
Paulo Gustavo e Thales Bretas - Instagram

"Que tristeza ver nosso país tão desarticulado politicamente. Sem saber defender os interesses da cultura e o bem-estar do povo", escreveu ele no Stories do Instagram.

A mãe de Paulo Gustavo também se manifestou nas redes sociais. Dea Lúcia Amaral publicou uma montagem com uma foto do filho e de Bolsonaro. Na imagem do presidente, há um X em vermelho e a frase: você será vetado. "Que mico, hein???", escreveu ela na legenda.

Posteriormente, ela também postou um pedido para que as pessoas pressionem os parlamentares, já que o Congresso Nacional ainda pode derrubar o veto de Bolsonaro.

Em nota, a Secretaria-Geral da Presidência afirmou que o texto da Lei Paulo Gustavo criaria despesa sem apresentar uma compensação na forma de redução de gastos.

Stories do médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, no Instagram
Stories do médico Thales Bretas, viúvo de Paulo Gustavo, no Instagram - @thalesbretas no Instagram

O projeto foi aprovado em 15 de março no Senado. O ex-secretário especial da Cultura Mário Frias (PL), que deixou a pasta para se candidatar a deputado federal, chegou a classificar como "absurdo" o texto.

Na ocasião, Bretas e Dea celebraram a aprovação. "O PG [Paulo Gustavo] continua ajudando a cultura com a sua generosidade", escreveu o médico. "Mario Frias, mais um mico", debochou a mãe do humorista.

Paulo Gustavo morreu aos 42 anos em maio do ano passado, vítima de complicações da Covid-19. Casado com Bretas, ele deixou dois filhos, os gêmeos Gael e Romeu.

A Lei Paulo Gustavo previa destravar parte dos recursos do Fundo Nacional da Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual, fundos públicos voltados para o fomento do setor cultural.

Uma parcela do dinheiro desses dois fundos públicos, do superávit financeiro, fica represado por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga a União a cumprir metas que limitam o déficit. Ou seja, o dinheiro está lá, mas grande parte dele não é destinado a políticas culturais.

A ideia era que esse dinheiro liberado fosse executado por estados e municípios, assim como aconteceu com a Lei Aldir Blanc.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS, MANOELLA SMITH e VICTORIA AZEVEDO

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