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Deputado entra com ação no TRE para impugnar candidatura de Rosângela Moro por SP

Alexandre Padilha (PT) argumenta que, assim como Sergio Moro, a advogada não conseguiu comprovar vínculos com o estado

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O deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) protocolou nesta segunda (15) uma ação no Tribunal Regional Eleitoral do Estado de São Paulo (TRE-SP) pedindo que seja impugnada a candidatura da advogada Rosângela Moro (União Brasil), mulher do ex-juiz Sergio Moro, a deputada federal por São Paulo.

O petista também foi o responsável pela ação que levou o mesmo TRE a decidir, no início de junho, que Moro não poderia concorrer às eleições de 2022 pelo estado paulista. A corte considerou irregular a transferência do título de eleitor do ex-juiz para a capital paulista.

Agora, ele é pré-candidato para concorrer a uma vaga ao Senado pelo Paraná.

O casal Sergio e Rosângela Moro em evento com apoiadores em SP - Divulgação

No caso agora de Rosângela, a argumentação é semelhante. A advogada não poderia se candidatar por São Paulo por não morar de fato no estado.

"Confiamos que a justiça eleitoral de São Paulo, que não titubeou em não permitir o engodo do domicilio eleitoral de Moro, tenha a mesma coerência com sua ‘conge’ que mora junto com ele, tem [inscrição] OAB e escritório fora de SP, nunca teve qualquer atuação politica partidária em SP, portanto não pode ser candidata no estado", diz Padilha.

Segundo a ação, o único fato que liga Rosângela ao estado de São Paulo é um contrato de aluguel de um imóvel na capital paulista, que teria sido firmado por ela no final de março deste ano "e cuja vigência [do contrato] se encerra em 25 de novembro, o que evidencia que a impugnada [Rosângela Moro] nunca teve o animus [a intenção] de fixar morada aqui".

O texto diz também que "a fragilidade dos vínculos" de Rosângela é "ainda maior" que os apresentados pelo seu marido. E que não há "indicativo algum" de que ela tenha estado em São Paulo para articular a sua campanha.

De acordo com a ação, o casal só decidiu fazer a transferência de seus domicílios eleitorais quando percebeu que Sergio Moro não seria candidato à Presidência.

Após sair do Podemos, Moro se filiou ao União Brasil, em março deste ano, e transferiu o título eleitoral para São Paulo.

Num primeiro momento, o ex-ministro disse que pretendia disputar a Presidência da República. Vetado pela cúpula do partido, começou a sinalizar que poderia concorrer ao Senado por São Paulo.

"Quando viram que não conseguiriam, correram a tentar se abrigar no estado que tem a maior bancada na Câmara Federal, a maior Assembleia Legislativa e, por conseguinte, tem a menor relação percentual de votos x cadeira. Buscaram e buscam a todo custo demonstrar vínculos que nunca existiram para tentar justificar o domicílio eleitoral com o estado de São Paulo", argumentam os advogados do petista na ação.

Procurada pela coluna por meio de sua assessoria de imprensa, Rosângela Moro não respondeu até a conclusão deste texto.​

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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