Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Secretário da Cultura de Bolsonaro e assessor gastam R$ 33 mil em três dias na Colômbia

Eles viajaram em missão do governo federal para participar do Fórum de Artes, Cultura, Criatividade e Tecnologia

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O secretário especial da Cultura de Jair Bolsonaro (PL), Hélio Ferraz de Oliveira, gastou R$ 16.498 em uma missão do governo federal de três dias em Medellín, na Colômbia, para participar do Fórum de Artes, Cultura, Criatividade e Tecnologia.

Ele foi ao evento acompanhado do assessor de relações multilaterais Gustavo Torres, do Ministério do Turismo, que gastou ainda R$ 17.294. Assim, o total da viagem foi de ao menos R$ 33.792.

As informações são do Portal da Transparência do governo federal.

O secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Hélio Ferraz de Oliveira
O secretário de Cultura do governo Bolsonaro, Hélio Ferraz de Oliveira - @helio.ferraz1982 no instagram

Hélio Ferraz e Gustavo Torres embarcaram no dia 19 de julho para Medellín e retornaram a Brasília no dia 22. O total desembolsado com passagens aéreas para os dois foi de R$ 21.620, ida e volta —ou seja, R$ 10.810 cada.

Questionada se os servidores viajaram de classe econômica ou executiva, a Secretaria de Cultura não respondeu. A média de preços de uma viagem de Brasília para Medellín, cotadas pela coluna, sai em torno de R$ 4.000 —ida e volta, na classe econômica.

Gustavo Torres gastou R$ 6.280,47 com hospedagem, e Hélio Ferraz, R$ 5.484,99. A pasta também não explicou o motivo da diferença de preço.

Segundo a agenda do secretário, ele realizou uma reunião com um representante da Cerlalc (Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e Caribe), da Unesco, no dia 20. No dia seguinte, ele participou de eventos e painéis do fórum.

Antes de embarcar de volta ao Brasil, no dia 22, ele esteve em outro painel.

Hélio Ferraz assumiu a pasta da Cultura após a saída de Mario Frias, hoje candidato a deputado federal por São Paulo pelo PL. Foi ele também quem viajou com Frias para Nova York na polêmica viagem de R$ 78 mil para encontrar um lutador de jiu-jitsu.

A ida à Colômbia é a segunda viagem internacional do assessor Gustavo Torres em menos de um mês. Como mostrou a coluna, ele participou de uma missão de quatro dias do governo federal em Ibiza, na Espanha, também em julho, que custou quase R$ 30 mil aos cofres públicos.

O servidor público também acompanhou a cúpula da Secretaria da Cultura em uma viagem de cinco dias a Los Angeles, nos Estados Unidos, em janeiro deste ano, que custou cerca de R$ 55 mil.

Na época, ele embarcou ao lado do então secretário de Lei Rouanet, o PM André Porciuncula —Mario Frias só não participou da viagem pois foi diagnosticado com Covid-19 dias antes do voo.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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