A campanha de Lula (PT) vai concentrar esforços para diminuir a abstenção no dia 2 de outubro, quando os eleitores vão às urnas para o primeiro turno das eleições. Há um temor de que a falta de um número significativo de eleitores possa afetar o resultado final do pleito, fazendo com que o número de votos no petista seja menor do que o esperado e o captado nas pesquisas.
A CAMINHO DA URNA
Historicamente, a abstenção é maior entre pessoas de menor renda e escolaridade, pelos custos e pelas dificuldades que elas muitas vezes têm de ir ao local de votação. E é justamente nesses segmentos do eleitorado que Lula tem o seu maior percentual de intenção de votos.
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Uma abstenção alta entre eles, portanto, tornaria quimera o sonho de alguns petistas de liquidar a fatura no primeiro turno, ainda que por percentual mínimo de votos.
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Entre os eleitores que ganham até dois salários mínimos, e que representam a metade do eleitorado brasileiro, Lula tem 54% da preferência, contra 26% de Jair Bolsonaro (PL), segundo o Datafolha. No caso de abstenção alta nesse segmento, o petista será o candidato mais prejudicado.
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Quando se considera a escolaridade do eleitor, verifica-se resultado semelhante: Lula tem 56% entre os que estudaram até o ensino fundamental, contra 26% de Bolsonaro.
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A abstenção no Brasil foi de 23% em 2018, quando se considera o total do eleitorado. Mas bem mais alta nos segmentos mais vulneráveis da população.
TABELA
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que divulga dados sobre o eleitorado de acordo com a escolaridade, 46% dos analfabetos não apareceram para votar no pleito de 2018. Entre os que sabem ler e escrever, a abstenção foi de 28,3%, e entre os que têm ensino fundamental completo, de 24,7%.
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Já nas faixas de maior escolaridade ela foi menor: de 22% entre os que têm ensino superior incompleto, e de 19% entre quem terminou a universidade.
TABELA 3
Nestas faixas do eleitorado, Bolsonaro empata, e chega até a ultrapassar Lula numericamente nas intenções de votos. Ele tem 38% entre os que têm superior completo, contra 37% de Lula, de acordo com o Datafolha divulgado na semana passada.
SABATINA
O ex-secretário municipal de Saúde de São Paulo e candidato ao Senado Edson Aparecido (MDB) esteve presente no debate com candidatos ao Governo de São Paulo, na noite de terça (13), no Memorial da América Latina, na capital. Os também postulantes à Casa Márcio França (PSB) e Marcos Pontes (PL) comparecem ao evento, realizado por Folha, UOL e TV Cultura. O ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro Fabio Wajngarten também passou por lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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